Quando um escândalo invadiu minha empresa, como andava nossa Reputação Empresarial?
Dia destes, estava num grupo de colegas de profissão e começamos a discutir a questão da gestão da reputação empresarial. Como está, sua importância, porque o tema está na vitrine, como construir e como destruir em um minuto. Alguém colocou que a sociedade finalmente acordou para o assunto por motivos diversos, mas dois em particular: o grito de alerta contra a corrupção e a rapidez com que a tecnologia da informação tem trazido à tona fatos e atos antes impensáveis ou camuflados. O Facebook, que tem cerca de 1,1 bilhão de usuários/dia, registra milhares de boatos diários que afetam negativamente a reputação: fotos escandalosas; rato em refrigerante; crime do colarinho branco; escutas clandestinas, demissão de CEO e assim por diante. Warren Buffet, o polêmico magnata da comunicação, por experiência própria, já consolidou uma frase célebre: “São precisos 20 anos para construir uma reputação e cinco minutos para perdê-la”.
Sai do encontro ainda com questionamentos. Mas afinal, como definir reputação empresarial? Qual o conceito a adotar? Creio que é uma equação equilibrada entre a imagem percebida e atributos como credibilidade e confiança.
A imagem é sempre a percebida e vem do comentário do célebre advogado dos consumidores e candidato a presidência dos Estados Unidos, Ralph Nader, “perception is reality”, hoje muito bem retratada na triunfal campanha da Dove, “Retratos da Verdadeira Beleza “- retratos falados de mulheres sobre si mesmo e de outras mulheres” A imagem percebida, nós comunicadores criamos, seja por meio de campanhas ou de programas que projetam uma imagem desejada. E o resultado é sempre a curto ou médio prazo. E tem que ser sempre alimentada. Já a construção da credibilidade ou da confiança é algo que leva mais tempo para edificar. É preciso subir uma íngreme e infindável escada de valores que vão se integrando na imagem da marca ou da pessoa. Cada degrau é conquistado pela conduta empresarial: transparência na divulgação, ética no comportamento empresarial, relacionamento permanente com stakeholders formando uma via de mão dupla. Tudo isto ancorado pelo desenvolvimento constante da memória e cultura empresarial, uma politica de comunicação praticada e uma governança corporativa respeitada.
A partir daí, a organização e o empresário contratam e retém talentos; adquirem melhores condições de negociação de insumos e serviços; desenvolvem uma relação mais duradoura e estreita com seu público preferencial; ganham maior atenção dos investidores; obtém maior reconhecimento do mercado e aceitação da sociedade em tempos de crise. Estes são, sem dúvidas, os benefícios ou as vantagens de um sério trabalho de construção de uma reputação positiva.
E o trabalho para mantê-la está baseado na vigilância, na consolidação e na inovação. Vigilante para abortar difamações infundadas veiculadas. Plugado em todos os canais quer dizer ter uma equipe que lê a analisa o conteúdo da mídia seja social, on line ou off line. Atento ao menor sinal de ruído no relacionamento com seu público estratégico. Inovador para criar ferramentas efetivas. Ou seja, praticar uma cartilha de atividades de relações públicas que levem à sustentabilidade da reputação positiva.
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e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1487
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