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COLUNAS


Lala Aranha


Conselheira da gestão eleita do Conrerp Rio de Janeiro (2016-2018), foi presidente do Conrerp na gestão 2013-2015. É professora convidada do MBA de Comunicação Empresarial da Estácio Rio de Janeiro; conselheira do WWF Brasil; ouvidora do Clube de Comunicação do Rio de Janeiro; colunista mensal da Aberje.com. Lançou o livro Cartas a um Jovem Relações Públicas (Ed. Elsevier 2010); foi diretora da CDN Comunicação Corporativa; fundadora e diretora da agência CaliaAssumpção Publicidade e presidente da Ogilvy RP. É bacharel em Relações Públicas pela Famecos, PUC-RS; MBA IBMEC Rio de Janeiro, dentre outros cursos no Brasil e exterior. RG Conrerp 1ª. 2965.

"Marketing da Mentira": os "marqueteiros" estão precisando reformular suas estratégias

              Publicado em 08/04/2015

Os indícios estão mais do que claros quanto a esta necessidade. Este início de mês nos mostra várias manifestações na multimídia.  A brilhante jornalista Miriam Leitão, em coluna assinada na semana passada no jornal O Globo, publicou um artigo de opinião com o título “O Marketing da Mentira”.  O artigo “bombou” na Web - eu mesmo o postei, e mereceu várias críticas positivas e negativas das promessas de campanha do governo atual. Mas, entre as várias colocações realizadas pela jornalista, a que mais chamou minha atenção foi uma frase: “A esta altura, o marqueteiro que conduziu a campanha de mentiras e ataques já embolsou o seu dinheiro e colocou mais uma vitória no seu portfólio”.  Não encontrei nenhuma defesa ou oposição a este comentário. Procurei, sim, nos sites das entidades, sindicatos e associações, legítimos porta-vozes destes profissionais, mas nada encontrei. Ou seja, parece aceitável que a culpa do cenário atual é obra do marqueteiro.     

 

 

Paralelamente, me chamaram a atenção, entre outras, mais algumas manifestações nesse sentido. Uma foi a reprise, num canal a cabo, do filme chileno “No”, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2013. Dois publicitários – o chefe e seu diretor de criação - trabalharam acirradamente em campanhas opostas para o SIM e para o NÃO, que apostavam ou não, por meio de um plesbicito nacional, na permanência de Pinochet no poder por mais oito anos, após quinze anos de ditadura. Quem não viu e gosta do assunto, vale ver, por isso não conto quem venceu a campanha. Mas ali também foi possível verificar tudo o que o marketing pode fazer e até onde pode ir numa campanha eleitoral.

A reação veio do sempre sintonizado e criativo Nizan Guanaes, com experiência passada em marketing político e agora também no universo dos RPs. Saiu na frente e publicou um belo artigo, em meados de março no Jornal A Folha de São Paulo: “Liderar na Crise”.  Nosso “antenado” publicitário, por meio de sua agência África, republicou o artigo, como anúncio, na Revista Época desta semana. E fez muito bem, porque estamos todos precisando deste exemplo que ele nos dá em momentos de crise. O seu próprio exemplo de empresário da comunicação, na era Collor, com o seu investimento bloqueado nos bancos. “Enquanto os outros choram, eu vendo lenços”, foi o mote de uma de suas campanhas, na época. Neste artigo, deixou de lado cobrar as promessas políticas e os compromissos de campanha de nossos governantes para sensibilizar o empresariado a uma forte reação. Prega a reinvenção, a criatividade, as inovações e uma grande mudança interna nas empresas, compartilhando com seus empregados uma resposta ou resistência ao impiedoso cenário econômico.

Não tenho bola de cristal para saber se algum dia será possível praticar o marketing da verdade. Estou certa de que o marketing que temos hoje, não mais será aquele que praticaremos no futuro. Também tenho certeza que os marqueteiros de plantão e seus candidatos têm que prestar muita atenção nas manifestações públicas e nas condições de vida do dia-a-dia do cidadão. Nada fantasioso: qualidade do alimento que consome; parques e centros culturais pelos quais caminha; estradas sobre as quais ele roda; impostos que paga; fornecimento adequado de serviços públicos. Ah! Cuidado com a saúde e atenção à educação. Esta nova via a ser trilhada pelo marketing político requer um tom propositivo e transparente e tem que ser pavimentada pela verdade. Será possível?   


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