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Itaú

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COLUNAS


Augusto Pinto


Engenheiro de formação, Augusto tem mais de 30 anos atuando no mercado de TI. Iniciou a carreira na IBM, de onde saiu para se tornar um executivo bem sucedido na indústria de software. Foi o 1º presidente da SAP Brasil, onde atuou por sete anos, e também VP América Latina da Siebel Systems. Atua há 13 anos em Comunicação Corporativa, como sócio fundador da RMA Comunicação. Augusto iniciou a RMA com a visão de auxiliar empresas de tecnologia a traduzirem seu valor para o mercado. O sucesso obtido no mercado de TI levou a empresa a outros mercados, como saúde e educação, onde se consolidou com a imagem de líder visionária.

Em boca fechada não entra mosca, mas também não sai som algum.

              Publicado em 06/04/2015

Quem nunca falou demais que atire a primeira pedra. Eu seria apedrejado, pois decididamente sou um “boca grande”. Porém, a solução simplista de não falar pode ser pior ainda, porque “quem não se comunica se trumbica”. Santo dilema. Como diria a maneira hiena Hardy Har Har, “Oh, céus! Oh, vida! Oh, azar“, o que fazer então? Como sempre, a melhor resposta é usar o bom senso.

Uma constante necessidade de falar, de mostrar a todos os segredos que conhecemos, é sinal de instabilidade emocional. Temos que nos treinar para não falar impulsivamente.

Pensamentos são energia, boa quando são positivos, ou ruim quando são negativos. A energia concentrada na mente tem muita força. Quando ela é expelida na forma de palavras se dilui, dependendo da reação do nosso interlocutor.

Quando exprimimos um pensamento positivo (tenho uma ótima ideia, estou planejando algo bacana), se o interlocutor for parte de nossa cadeia de força (um sócio, um apoiador), então a energia retorna para nós, magnificada pela receptividade da outra parte. Por outro lado, se o interlocutor tiver inveja, ou simplesmente não estiver preparado para entender o que queremos expressar, sua energia negativa reduzirá a força de nosso pensamento e diminuirá nossa convicção.

Com os pensamentos negativos ocorre o mesmo. Quando expressos se diluem, ou seja, em princípio é bom confessarmos defeitos e fraquezas, pois esse autojulgamento atenua nossa responsabilidade. Porém, o preparo do interlocutor é fundamental. Se a pessoa do outro lado não estiver preparada para entender nossa confissão de culpa, ou nossa fraqueza, seu julgamento voltará para nós, intensificando o sentimento negativo que nos habita interiormente.

Assim, seja para expressar pensamentos, positivos ou negativos, devemos sempre ponderar:

·                    Eu preciso falar a respeito?

·                    Por quê?

·                    Estou diante do interlocutor correto?

·                    Qual o impacto minhas palavras terão sobre a outra pessoa?

 

Lembre-se que mesmo boas palavras podem ter efeito negativo sobre um interlocutor invejoso, ou despreparado!

E, uma vez que você tenha feito essa reflexão e concluído que sim deve falar e seu interlocutor é a pessoa certa no momento certo, vem a segunda parte do desafio: como falar?

Pessoas são seres intrinsecamente emocionais. Cada um tem uma personalidade e um certo nível de inteligência emocional. E situações distintas também requerem abordagens e palavras distintas. Usando as palavras certas abriremos o caminho para o coração e a mente das pessoas. Porém, palavras erradas fecham portas, quando não raramente criam inimigos.

Vou usar exemplos extremos para me explicar. Um sargento usa uma linguagem dura e direta com seus soldados, eles entendem e cumprem rigorosamente suas ordens, sem se incomodar com os gritos na orelha. Uma freira ensinando catecismo usa uma linguagem figurada, em tom suave e terno. Imaginem fazer uma troca: o sargento vai ensinar catecismo para as criancinhas e a freira vai ensinar ordem unida para os recrutas!? Pois é, daria a maior confusão…

E, um último ponto para reflexão: NUNCA se deve revelar o core de uma ideia. A última milha no entendimento de um conceito sempre pertence ao interlocutor. Se a sacada final for dele, ele se convencerá totalmente e crescerá com isso. Se, por outro lado, você explicar tudo, nos mínimos detalhes, mesmo que completamente entendido, nunca será 100% aceito. Experimente!​


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