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COLUNAS


Gilda Fleury Meirelles
gildafleury@ibradep.com.br

Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em relações públicas pela FAAP / SP, Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero / SP; fez vários cursos de educação empresarial, entre eles pela Universidade Syracuse (USA) e Aberje. É consultora, assessora, instrutora e professora de comunicação empresarial, protocolo, cerimonial, eventos e cultura internacional – hábitos e costumes dos povos.

Autora dos livros “Tudo sobre Eventos”; “Eventos – Seu Negócio, Seu Sucesso”; “Protocolo e Cerimonial - Normas, Ritos e Pompa” (4ª edição); e coautora do livro “O Negócio é o Seguinte – Hábitos e costumes dos povos e sua influência na vida empresarial”. Articulista de jornais e revistas, do site Ibradep e Aberje; painelista e conferencista em eventos nacionais e internacionais.

Atualmente, é presidente da delegação do Brasil no Consejo Superior Europeo e Iberoamericano de Doctores Honoris Causa (Barcelona, Espanha); professora da pós-graduação em Planejamento e Organização de Eventos, da FAAP / SP; de cursos e do MBA em Gestão da Comunicação Empresarial da Aberje; e de cursos do Ibradep – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Comunicação, Capacitação Profissional e Empresarial, do qual é diretora.

O fantasma da gafe

              Publicado em 02/03/2015

É sempre sem querer; nunca propositalmente. Falamos demais, falamos o que não devíamos, falamos o que não queríamos, tentando ser simpático. E, acontece a gafe. Olhamos duas vezes para algo inesperado, vem o susto, fixamos o olhar novamente e acontece a gafe.

A gafe é cruel, impiedosa, marca a pessoa, podendo transformá-la em um gaffeur – pessoa desagradável, que sempre comete gafes.

Ninguém está livre de cometer uma gafe, mas é preciso que estejamos atentos às suas armadilhas. Ter cuidados ao falar, com o sorriso subliminar, com o olhar, o cochicho e as perguntas inoportunas, dificilmente o levarão às redes da gafe.  

São perguntas perigosas:

  • Sobre idade – “Qual é a sua idade, mesmo?” – se tentar acertar o número, poderá piorar a situação. “Você já fez 60 anos”?, para uma senhora que, desesperadamente, tenta ocultar sua idade.
  • Relação de parentesco – “Que linda moça! É sua filha? Ah!, desculpe.... linda sua nova esposa!”
  • Sobre peso – “Você emagreceu tanto! Esteve doente? ou “Nossa, como engordou!”
  • Arriscar, opinar, sem ter certeza:
    • – “Lembra-se de mim?
    • – “Sim, lógico, você era amiga da minha mãe”
    • – “Não, você se enganou, eu fui sua colega de faculdade”

Conta o jornalista Alexandre Garcia, uma ótima história sobre gafes. “Nem mesmo um vice-presidente da República escapou à gafe. Certa vez, presidente em exercício, ao receber uma comissão de parlamentares mineiros, percebeu, atento, que um deputado federal era chamado de Quinzinho, por seus pares. Querendo manter o protocolo, Marco Maciel tratou de referir-se a ele como Excelentíssimo Deputado Joaquim. Ao que um íntimo de Maciel soprou-lhe ao ouvido: 'Não é Joaquim. É José Geraldo. Ele é chamado de Quinzinho porque cobra quinze por cento de comissão...'”

E, assim, por diante.

Entretanto, é bom diferenciar gafes de falhas, problemas – falta de planejamento – e até da maldade, principalmente se você trabalha com a comunicação social, no segmento de eventos, tão sujeito a variáveis.

É maldade ferir ou prejudicar alguém, ser desagradável, acuar e desacatar a pessoa, espalhar boatos, fazer fofocas.

É falta de planejamento não atingir os objetivos almejados no projeto – a falta de previsão de um número maior de convidados para um jantar, do número de assentos, atualmente da falta de água ou da luz, dos acidentes ocasionais com escadas, ladeiras ou tapetes em eventos. É falta de planejamento os erros protocolares com precedência, tratamento, lugares dos convidados, colocação e uso dos Símbolos Nacionais.

É gafe trocar o nome de alguém, deixar a pessoa sem graça ou desapontada; falar demais, fixar o olhar onde não deve, falar sobre assuntos que incomodam; exibicionismo, indiscrição, tom alterado de voz, franqueza em demasia.

Entretanto, se você cometeu uma gafe, não se sinta o último dos seres. Isso acontece, infelizmente, com todos nós. Lembre-se, a gafe é momentânea; passado aquele segundo de mal-estar, tudo se acomoda.

Dessa forma, não tente corrigir o impossível. Lamente, rapidamente, prossiga com o assunto e não volte ao que fato que incomodou. Da próxima vez, pense duas vezes antes de falar ou agir.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1507

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