O fantasma da gafe
É sempre sem querer; nunca propositalmente. Falamos demais, falamos o que não devíamos, falamos o que não queríamos, tentando ser simpático. E, acontece a gafe. Olhamos duas vezes para algo inesperado, vem o susto, fixamos o olhar novamente e acontece a gafe.
A gafe é cruel, impiedosa, marca a pessoa, podendo transformá-la em um gaffeur – pessoa desagradável, que sempre comete gafes.
Ninguém está livre de cometer uma gafe, mas é preciso que estejamos atentos às suas armadilhas. Ter cuidados ao falar, com o sorriso subliminar, com o olhar, o cochicho e as perguntas inoportunas, dificilmente o levarão às redes da gafe.
São perguntas perigosas:
Conta o jornalista Alexandre Garcia, uma ótima história sobre gafes. “Nem mesmo um vice-presidente da República escapou à gafe. Certa vez, presidente em exercício, ao receber uma comissão de parlamentares mineiros, percebeu, atento, que um deputado federal era chamado de Quinzinho, por seus pares. Querendo manter o protocolo, Marco Maciel tratou de referir-se a ele como Excelentíssimo Deputado Joaquim. Ao que um íntimo de Maciel soprou-lhe ao ouvido: 'Não é Joaquim. É José Geraldo. Ele é chamado de Quinzinho porque cobra quinze por cento de comissão...'”
E, assim, por diante.
Entretanto, é bom diferenciar gafes de falhas, problemas – falta de planejamento – e até da maldade, principalmente se você trabalha com a comunicação social, no segmento de eventos, tão sujeito a variáveis.
É maldade ferir ou prejudicar alguém, ser desagradável, acuar e desacatar a pessoa, espalhar boatos, fazer fofocas.
É falta de planejamento não atingir os objetivos almejados no projeto – a falta de previsão de um número maior de convidados para um jantar, do número de assentos, atualmente da falta de água ou da luz, dos acidentes ocasionais com escadas, ladeiras ou tapetes em eventos. É falta de planejamento os erros protocolares com precedência, tratamento, lugares dos convidados, colocação e uso dos Símbolos Nacionais.
É gafe trocar o nome de alguém, deixar a pessoa sem graça ou desapontada; falar demais, fixar o olhar onde não deve, falar sobre assuntos que incomodam; exibicionismo, indiscrição, tom alterado de voz, franqueza em demasia.
Entretanto, se você cometeu uma gafe, não se sinta o último dos seres. Isso acontece, infelizmente, com todos nós. Lembre-se, a gafe é momentânea; passado aquele segundo de mal-estar, tudo se acomoda.
Dessa forma, não tente corrigir o impossível. Lamente, rapidamente, prossiga com o assunto e não volte ao que fato que incomodou. Da próxima vez, pense duas vezes antes de falar ou agir.
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e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1507
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