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COLUNAS


Marcelo Mendonça


Jornalista pela Escola de Comunicações e Artes da USP, com aperfeiçoamento na Universidade de Michigan (EUA) e MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Marcelo Mendonça é diretor executivo da FSB Comunicação em São Paulo. De novembro de 2007 a dezembro de 2013, foi diretor de Assuntos Corporativos da TAM, responsável por comunicação corporativa e relações institucionais e governamentais. Nesse período, foi conselheiro da Aberje e membro do Comitê Estratégico de Relações Governamentais da AMCHAM - Câmera Americana de Comércio. Marcelo foi também diretor de Comunicação da multinacional de tecnologia EDS no Brasil e vice-presidente da agência MVL Comunicação, onde atuou na gestão da crise do acidente com o voo 1907 da GOL, em 2006. Como jornalista, trabalhou por nove anos na Folha de S.Paulo, onde foi repórter especial, correspondente em Washington e repórter em Brasília, entre outras funções; foi também secretário de Redação do Jornal da Tarde e diretor de Redação do Metro News, além de colaborar com diversas publicações no País.  

Afogando em números

              Publicado em 28/11/2014

Um pouco antes das 9h, o auditório do hotel já estava cheio e barulhento. Para abrir a convenção anual, a empresa tinha contratado, por uma pequena fortuna, um dos palestrantes mais requisitados do País. Durante uma hora e meia, ele traçaria um retrato da conjuntura econômica e social e apontaria tendências para o próximo ano. Ninguém queria perder, afinal, era uma celebridade, quem sabe até daria para descolar um autógrafo.

Lá pelo quinto slide da apresentação, quem estava sentado da décima fileira para trás já tinha jogado a toalha: era impossível ler os números dos gráficos que o palestrante citava. E isso era só o começo: lá pelas tantas, duas planilhas cheias de dados... O próprio analista-celebridade precisou se aproximar da tela para ler os números que citou.

Atire o primeiro tablet quem nunca viveu (ou protagonizou) situações parecidas em suas empresas. Parece ser mais fácil pedir desculpas (“acho que vocês não conseguem visualizar, mas este gráfico mostra...”) do que produzir uma apresentação mantendo sempre em mente o público a que se destina, o espaço onde ele estará acomodado e os próprios recursos tecnológicos usados.

A prática de UX (user experience) costuma envolver testes muitas vezes sofisticados, com o uso de equipamentos e softwares caros, para avaliar a eficácia de um website e torná-lo de fácil navegação pelos usuários. Para formatar uma apresentação mais produtiva, quando não há tempo ou orçamento, nem é preciso tanto. Um colega do escritório pode lhe dizer se consegue ler o slide que você acabou de gerar, se projetado numa distância similar à existente no espaço do evento em questão. Pode também lhe dizer que aquela fonte em grafite claro, “super cool”, fica ilegível numa apresentação. E por aí vai...

Cuidados relativamente simples podem determinar a eficácia da comunicação sob sua responsabilidade. O pressuposto é sempre o mesmo: coloque-se no lugar do público. Óbvio? Sim, mas geralmente esquecido.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1426

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