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Marcelo Mendonça


Jornalista pela Escola de Comunicações e Artes da USP, com aperfeiçoamento na Universidade de Michigan (EUA) e MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Marcelo Mendonça é diretor executivo da FSB Comunicação em São Paulo. De novembro de 2007 a dezembro de 2013, foi diretor de Assuntos Corporativos da TAM, responsável por comunicação corporativa e relações institucionais e governamentais. Nesse período, foi conselheiro da Aberje e membro do Comitê Estratégico de Relações Governamentais da AMCHAM - Câmera Americana de Comércio. Marcelo foi também diretor de Comunicação da multinacional de tecnologia EDS no Brasil e vice-presidente da agência MVL Comunicação, onde atuou na gestão da crise do acidente com o voo 1907 da GOL, em 2006. Como jornalista, trabalhou por nove anos na Folha de S.Paulo, onde foi repórter especial, correspondente em Washington e repórter em Brasília, entre outras funções; foi também secretário de Redação do Jornal da Tarde e diretor de Redação do Metro News, além de colaborar com diversas publicações no País.  

Afinal, o que é UX?

              Publicado em 19/09/2014

UX (user experience) vem se tornando um termo cada vez mais popular no mundo digital. Há várias definições por aí, mas podemos dizer que “experiência do usuário” engloba “todos os aspectos da interação de um usuário final com uma empresa, seus serviços e seus produtos”, como escreveram os consultores Don Norman e Jakob Nielsen em 1998, quando criaram o Nielsen Norman Group, uma referência na área.

Hoje, trabalham com UX os designers - majoritariamente, webdesigners - que se dedicam a aperfeiçoar sites e outras ferramentas on-line para simplificar o seu uso e aumentar a visitação às páginas de empresas e instituições. Mas a ideia genérica de que o desenho de um produto, a organização de um serviço, a estrutura de um texto ou qualquer atividade produtiva deve obedecer à lógica do maior benefício possível do seu destinatário/usuário final é de uma tal obviedade que desconcerta perceber que ela ainda não é a regra, mas a exceção. E tornar essa lógica predominante em nosso dia a dia não deve ser uma tarefa reservada apenas aos designers, claro.

Ainda assim, um arquiteto e designer gráfico americano, Richard Saul Wurman (www.wurman.com), foi um dos pioneiros desse conceito, presente em seu trabalho, principalmente, a partir dos anos 1970, quando a internet dava seus primeiros passos e nem tinha esse nome. Curiosamente, vários especialistas em UX hoje confessam não saber de quem se trata, apesar de Wurman ter cunhado, diz-se, o termo "arquitetura da informação", hoje largamente usado em webdesign.

Para Richard Wurman, arquitetura da informação era um conceito mais amplo, uma ferramenta para construir o entendimento da informação, em qualquer meio. Partindo do seu próprio desconhecimento sobre algum assunto, ele desenhava o caminho de sua compreensão.

Desde os anos 60, escreveu, desenhou e publicou mais de 80 livros. Reorganizou as Páginas Amarelas (quem se lembra disso?...) da Costa Oeste dos EUA; lançou uma coleção de guias de viagem, Access Guides; livros sobre finanças, em colaboração com o The Wall Street Journal e com a revista Fortune.

É de Wurman o livro que se tornou referência sobre o excesso de informação na nossa era, Ansiedade de Informação, de 1989 – que contou com uma versão pós-explosão da World Wide Web: Ansiedade de Informação 2, de 2001. Os dois foram publicados no Brasil pela Cultura Editores Associados (1991) e pela Editora de Cultura (2005); as edições estão esgotadas, mas ainda podem ser encontradas em sebos.

Outro fato pouco conhecido hoje: ele foi o criador, em 1984, das conferências TED (Technology, Entertainment & Design), que dirigiu até vender o empreendimento ao empresário de mídia Chris Anderson, em 2001 (confira a história aqui).

Perto de completar 80 anos, Wurman continua ativo, criando novas conferências e iniciando projetos nascidos, como sempre, de sua curiosidade inesgotável sobre o mundo e o conhecimento.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2464

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