A eterna dúvida - com que roupa eu vou?
Que atire a primeira pedra quem nunca teve essa dúvida cruel – com que roupa eu vou? Mulheres, principalmente, são alvo da insegurança no momento de sair; abrem o guarda-roupa lotado e logo vem o refrão: não tenho roupa.
Não pense que esse é um privilégio só seu. Aparece o evento e chega junto a dúvida. Não adianta se desesperar, apelar para as mães tão experientes, amigas, rezas, pai de santo. Não vale, também, sair correndo e comprar uma nova roupa – que nunca usará de novo, pois foi uma aquisição feita somente com a emoção e o impulso. Segundo a escritora Glória Kalil: “Acho que poucas coisas no mundo deixam a gente tão insegura como perder o domínio sobre a própria imagem”.
Concordo com ela. E então, como resolver o dilema?
Na organização de um evento estas devem ser as regras para se definir o traje: charme e distinção; glamour e classe; estilo e personalidade. Se não for por si própria, que seja por respeito e delicadeza aos outros, às autoridades, às pessoas que já conhece e que virá a conhecer, pelo trabalho que faz, pelo lugar onde está.
Para isso, não é necessário sofisticar, abusar dos adornos, mas adequar o que se veste ao momento que está vivenciando. Não é respeitar ou desrespeitar convenções, mas valorizar o próximo, valorizando você mesmo. Isso só prova o quanto a pessoa está bem com ela mesma – a tão almejada segurança.
Vestuário e moda estão muito ligados à história, à cultura, à posição hierárquica, à profissão, à sensualidade e ao protocolo nacional e internacional. Cada era, cada povo tem e sempre terá seus trajes ligados à época, às funções e ao desejo de agradar.
Algumas posições hierárquicas são caracterizadas por trajes especiais, objetivando demonstrar força, poder e comando – é o caso do manto real, dos uniformes militares, dos trajes típicos, das vestes talares do poder judiciário, da universidade e da Igreja Católica. Outras justificam ocasiões especiais, como o vestido de noiva, os trajes de gala, entre eles a casaca, o fraque e o smoking.
Nos acontecimentos protocolares internacionais, dentre eles a apresentação das credenciais dos embaixadores ao Chefe de Estado do país onde ficará acreditado, o traje pedido é a casaca. O mesmo traje é exigido em banquetes formais e oficiais entre Chefes de Estado, como a recepção que os países monárquicos oferecem aos novos representantes – Presidentes, Primeiros-Ministros e outros.
Essas exigências não são supérfluas ou “frescuras” de sociedade, mas facilitam o contato e o relacionamento entre as pessoas, marcando o acontecimento. O velho ditado que diz “não se julga uma pessoa pela aparência” que me perdoe. Julga-se sim, e muito. A aparência é tudo, abre portas, caminhos. Você já viu alguém comparecer a uma entrevista para um novo emprego – pelo menos de nível médio – de camiseta sem mangas, calças jeans amarfanhada, tênis, mascando chicletes e ser contratado?
Algumas regras são necessárias conhecer:
Na dúvida, o pretinho básico é o coringa do guarda-roupa. Básico mesmo, sem recortes ou ousadias.
Ouse nos acessórios, bolsas, sapatos, sandálias, joias ou bijuterias, echarpes, cintos. Detalhes dão vida e “levantam” o traje.
Entretanto, não saia trocando o seu guarda-roupa por peças pretas. Lembre-se que moramos em um país tropical, e o preto deve ser o coringa, não a regra geral.
Terninhos e tailleurs são sempre chics; com sapatos e bolsas corretos, ficam cheios de glamour.
Os saltos dos sapatos devem guardar relação com a ocasião; nada menos elegante do que alguém “equilibrando-se” em 14 cm, quase caindo.
Para os homens, na dúvida, o blazer é a solução. Chic e charmoso.
Com gravata, torna-se um traje mais elitizado, sem ela, traje passeio. A ocasião pedirá a vestimenta correta.
Gravata é acessório discreto.
A meia deve combinar com a calça; a segunda opção é com o sapato.
Algumas regras somente, agora, o bom senso deve imperar.
O traje revelará sempre o respeito que você tem pelo interlocutor, pela situação e por você mesmo.
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