Rosana Miziara

Historiadora com mestrado em história social e gestora cultural. Foi coordenadora de cultura da região central de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura e coordenadora de projetos do Museu da Pessoa, onde desenvolveu ações para grandes corporações, como Cia. Vale, Petrobras, SESC, CCBB, entre outras. Foi diretora da CDN Cultural, onde desenvolveu projetos voltados para a comunicação empresarial a partir da cultura. Atualmente é Relações Institucionais do Museu da Pessoa.

Quem é você, qual o seu nome?¹

Recentemente foi retomado o debate sobre a necessidade de autorização ou não dos protagonistas sobre as suas biografias. Saliente-se que se trata da biografia de famosos. Não se trata aqui de entrar no mérito do debate, mas de colocar um novo ingrediente na discussão. E a história dos anônimos? Poucos questionam esse ponto. Qual o interesse sobre essas histórias eclipsadas?

Todo ser humano, anônimo ou célebre, de alguma maneira tem o desejo de eternizar a sua história. Esta é uma das premissas básicas do Museu da Pessoa, que conta em seu acervo com cerca de quinze mil histórias de vida, autorizadas pelos seus protagonistas. E o mais incrível é que são narradas pelas próprias pessoas. Ou seja, a pessoa é a sua biografia e o seu próprio (a) biógrafo(a) ao mesmo tempo.

Claro que a história dos famosos sempre despertou grande interesse pelo público em geral, pois são pessoas que contribuíram com seus feitos para a humanidade em geral. Tanto para o bem quanto para o mal. Não se trata aqui de polarizar entre história de anônimos X famosos. O fato de voluntariamente anônimos autorizarem suas biografias, me fez pensar na responsabilidade democrática desse ato.

As histórias dessas pessoas comuns que estão disponíveis no portal do Museu da Pessoa, por exemplo, são inspiradoras para que outras pessoas se reconheçam e aprendam com essas histórias. São tão inspiradoras quanto as histórias dos famosos e estão aí, prontas para serem lidas.

Conta pra mim, diz como eu te encontro¹

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¹ Lua e estrela - Caetano Veloso 

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Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1932