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COLUNAS


Rosana Miziara


Historiadora com mestrado em história social e gestora cultural. Foi coordenadora de cultura da região central de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura e coordenadora de projetos do Museu da Pessoa, onde desenvolveu ações para grandes corporações, como Cia. Vale, Petrobras, SESC, CCBB, entre outras. Foi diretora da CDN Cultural, onde desenvolveu projetos voltados para a comunicação empresarial a partir da cultura. Atualmente é Relações Institucionais do Museu da Pessoa.

Experienciar os museus

              Publicado em 28/01/2014
Quando a Mona Lisa foi roubada, em 1911, curiosos formaram filas quilométricas para ver a parede vazia onde ficava a obra¹.
 
Em 2012, a Mona Lisa foi mais visitada que o Vaticano: cerca de 9 milhões de pessoas passaram pela sua frente e quase todos contribuíram para sua imortalização, tirando uma foto.
 
Por que as pessoas visitavam o espaço em branco? Ou por que, ainda, apesar de milhares de fotos do quadro da Mona Lisa, as pessoas tiram as suas próprias fotos quando estão diante da obra?
 
Esse exemplo me fez pensar sobre o papel que os museus vêm exercendo no público. O ponto a que quero chegar é que as pessoas desejam ter suas experiências individuais ao visitarem museus. Desejam olhar com seus próprios olhos. Ter a sua própria experiência.
 
A experiência de visitar um museu para uns pode ser como ir a um Shopping Center. Por esse motivo, os museus devem investir nas atividades educativas. É necessário dar um passo além de formar coleções. O trabalho com a comunidade expectadora dos museus tem que ganhar uma relevância maior. Faz-se necessário um vínculo emocional para que as pessoas possam “aprender” e transformarem-se ao visitarem os Museus.
 
Na última Conferência Internacional dos Conselhos de Museus (Icom), que foi sediada no Rio de Janeiro, em 2013, Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura de Medellín, fez uma palestra provocativa com o título “O que deve acontecer quando você sai de um museu?”. Nessa palestra, propôs uma ressignificação do conceito de museu.
 
Outras perguntas surgem a partir dessa indagação:
 
  • Como resolver a questão sobre a divisão dos museus entre salas de exibição em gestão de projetos culturais?
  • Qual o papel dos museus na construção da cidadania?
  • Por que boa parte dos museus conserva ditaduras estéticas em que se convertem muitas curadorias?
 
Os curadores devem ser comunicadores! E as empresas e o governo poderiam investir mais nos programas educativos dos museus, para que eles se aproximem mais de suas comunidades. 
 
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¹ Revista Colors, 87, “Looking at Art”.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 3522

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