Chame a agência
O ritmo acelerado do mercado de trabalho e das demandas apresentadas pelos diversos públicos, cada vez mais estratégicos e próximos, faz com que o fluxo e volume de obrigações e atividades de cada profissional consuma seu tempo laboral e produz um campo fértil para agências, consultorias e toda a gama de serviços.
O benefício mais evidente da contratação de serviços, desde treinamentos até gestão de veículos de comunicação, produção gráfica e audiovisual, é a qualificação e especialização vertical que agências e consultorias dispõem em cada uma das áreas de conhecimento.
Claramente, há ações importantes que não podem ser terceirizadas, como o briefing. Mesmo conhecendo toda a estrutura da empresa, o fornecedor ainda convive com ares alheios, o que não é, necessariamente, um problema. Ele faz parte do seleto grupo de pessoas que entende a empresa e ao mesmo tempo conhece diversos modelos de gestão e negócios.
O conjunto de fatores que envolve o posicionamento de consultores e fornecedores fazem com que eles sejam pontos-chaves na avaliação das mudanças cabíveis e necessárias para a evolução do grupo. Desta forma, há de se avaliar o processo de contratação de fornecedores não apenas pela sua qualidade técnica na operação de campanhas , mas na capacidade de sua equipe em pensar a estrutura organizacional de forma holística e ainda assim manter a liberdade propositiva que provoca mudanças saudáveis nos projetos, processos e cultura.
Com este panorama, definitivamente mudamos o modo como pensamos a ação dos fornecedores. Se mantivermos o comportamento rígido de exigir sempre o mesmo layout para a revista interna, o mesmo texto para os comunicados, as mesmas cores para as campanhas, somos nós os principais responsáveis pela obsolescência das iniciativas comunicacionais. O quesito estético é um exemplo pequeno, porém evidente dentro da gama de trabalho que envolve agências e consultorias, mas exemplificam o modo como costumamos ser categóricos.
Com este comportamento, nosso fornecedor se torna apenas um multiplicador do nosso tempo de trabalho. Em outras palavras, mantemos a agência no campo operacional e forçamos sua equipe a se tornar braçal, reprodutora, guiada. Chega o ponto em que percebemos os traços fortes que marcamos nas páginas da empresa e então dizemos “chama a agência, quero ver algo novo!”
Nesta hora, por mais que o discurso seja de inovação e liberdade criativa, os vícios empresariais já foram assimilados pelo fornecedor, que teme a perda da conta caso saia do padrão que seguiu por meses a fio.
Se o desejo é termos a reprodutibilidade dos templates, basta que alguns colaboradores entendam e sigam cegamente o lead jornalístico para as notícias do mural ou do e-mail, ou ainda treinamos parte da equipe para trabalhar com modelos prontos estruturados no Photoshop ou CorelDraw. No sentido oposto, se o que precisamos é de um fornecedor que atue com maior parceria, precisamos oferecer liberdade àqueles que conhecem nosso mundo e nossa cultura e que estão prontos para serem os viajantes, que maravilhados dão destaque ao que fazemos de melhor, mas ainda apontam, com o tato ideal, o que ainda precisamos evoluir. Mas isso não basta. Precisamos estar plenamente abertos à mudança. É necessário aceitar o desafio de enfrentar os tabus corporativos e aproveitar o suporte que temos para fazer da mudança a melhor experiência possível.
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