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COLUNAS


Ignacio García
ignacio@treeintelligence.com

Antropólogo Sociocultural pela Universidade de Buenos Aires e Especialista em Inteligência de Redes, Netnografia e Cultura Organizacional.  Palestrante internacional e membro fundador da Orion Community (Grupo de especialistas em Business Network Analysis), sediada em Budapeste, e coordenador da RCI (Redes Colaborativas da Inovação) do Fórum de Inovação da FGV. 

Sócio fundador da Tree Intelligence, consultoria pioneira na aplicação da Ciência das Redes aos negócios na América Latina.

O Poder das Redes de Comunicação nas Mídias Sociais

              Publicado em 05/09/2013
A metáfora da rede nunca foi tão relevante para descrever a comunicação humana, em geral, e a corporativa em particular. O desafio é que a rede precisa ser desvendada como tal e, mais importante ainda, os comunicadores precisam pensá-la com um mind set estratégico. 
 
Todavia, o pensamento compartimentalizado e linear da comunicação corporativa predomina em oposição ao ambiente dinâmico, no qual os limites “dentro e fora” e “on-line e off-line” se fundem numa realidade interconectada.  
 
O Canal não é a Rede!
 
Como antropólogo, costumo dizer que as redes sociais são sempre redes humanas, independe do canal que elas utilizam. Daí a importância de distinguir a comunicação em rede como um conceito mais abrangente do que o canal por meio do qual ela flui. 
 
O advento das mídias sociais e o consequente empoderamento dos stakeholders demanda uma abordagem visual, quantitativa e qualitativa (com contexto e significado) das relações que se estabelecem. Esse enfoque se diferencia e complementa o social tracking tradicional, que costuma apresentar resultados como frequências de termos e indivíduos isoladamente.
  
Um breve infográfico sobre como enxergar as redes de comunicação nas mídias sociais
Clique na imagem para vê-la ampliada.
 
 
Esse infográfico sintetiza a rede de comunicação em torno do termo Aberje, no Twitter, no período de 28 de agosto a 03 de setembro de 2013.
 
Trata-se de uma rede com apenas 52 usuários que mencionaram o termo Aberje e impactaram diretamente a outros 70.843, sendo uma rede eficiente em termos de difusão. 
 
Caracterizamos essa rede dentro do arquétipo “Estrela”, na qual existe um usuário central (@aberje) que é mencionado pelo restante da rede, localizada na periferia. Todavia, destaca-se uma pequena “comunidade de prática”, constituída por seis usuários que, além de mencionar a “Aberje”, dialogam entre si. Nesse grupo temos um usuário em particular (@pluraleemsite), que atua como influenciador local (hub).  
 
Essa breve análise da estrutura das relações fornece uma visão tangível da rede de comunicação em um canal em particular (Twitter), identificando o tipo de rede construída, seu alcance, bem como seus influenciadores, a quem eles influenciam e que grupos representam. 
 
Dessa vez focamos na estrutura da comunicação. Fica para o próximo post a análise e contextualização do conteúdo que flui por meio dela. 
 
Até a próxima!

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