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COLUNAS


Ignacio García
ignacio@treeintelligence.com

Antropólogo Sociocultural pela Universidade de Buenos Aires e Especialista em Inteligência de Redes, Netnografia e Cultura Organizacional.  Palestrante internacional e membro fundador da Orion Community (Grupo de especialistas em Business Network Analysis), sediada em Budapeste, e coordenador da RCI (Redes Colaborativas da Inovação) do Fórum de Inovação da FGV. 

Sócio fundador da Tree Intelligence, consultoria pioneira na aplicação da Ciência das Redes aos negócios na América Latina.

A descoberta do conhecimento estratégico no oceano complexo

              Publicado em 09/06/2015

Pensadores da economia e da sociologia como Peter Drucker e Manuel Castells identificam o nosso tempo como a Era da Informação: período pós-industrial caracterizado pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs).

Nesta era, por meio de uma evolução digital frenética que molda as nossas vidas cada vez mais em rede, indivíduos e organizações são diariamente bombardeados por mais dados do que podem absorver e interpretar.

Enquanto preciosas possibilidades de conhecimento estratégico subjazem os dados que nos circundam, sua massividade e interligação são tão complexas que muitos nem ousam aventurar-se nos seus tesouros ocultos. Todavia, navegar é preciso.

Não deixo de surpreender-me quando pesquisas  indicam que aproximadamente 90% dos dados disponíveis na web foram criados apenas nos últimos quatro anos (!), e que 80% dos dados disponíveis são de natureza não estruturada. Uma fonte de informação (como a textual) tão rica quanto ambígua, que adiciona mais complexidade e incerteza à aventura contemporânea.

Esse fenômeno é consequência de uma sociedade interconectada, que deixa cada vez mais marcas, voluntárias e involuntárias, das suas interações cotidianas. Cada vez que realizamos uma ligação, usamos o cartão de crédito ou navegamos na internet, os nossos passos digitalizados são armazenados em algum servidor localizado em qualquer lugar do planeta, como silenciosas testemunhas dos atos cotidianos.

São sinais que possibilitam, pela primeira vez em grande escala, entender em profundidade o comportamento humano no seu contexto, ao mesmo tempo que nos faz refletir sobre as consequências éticas do encolhimento do mundo e a sua progressiva transformação em um big brother globalizado.

 

O DESAFIO DE NAVEGAR NA COMPLEXIDADE

No contexto empresarial, o cenário atual impõe o enorme desafio de navegar na complexidadedo ecossistema de negócio e suas redes de relações complexas, com o objetivo de descobrir conhecimento estratégico que suporte a tomada de melhores decisões em um tempo reduzido. Quem conseguir essa façanha poderá certamente descobrir oceanos azuis de maneiras minuciosamente planejadas.

Ansiedade e confusão são sentimentos cada vez mais comuns nos executivos de diversas áreas e segmentos, tal como mostra o Estudo Global com CMOs feito pela IBM em 2012. Este estudo menciona que 71% dos CMOs no mundo se sentem despreparados para lidar com a explosão de dados atual, sendo a sua principal preocupação a qualidade da interpretação para a tomada de decisões estratégicas.

Em maior ou menor medida, todas as áreas de uma organização compartilham esta preocupação contemporânea e, para preencher este gap de conhecimento é preciso ir ao encontro dos últimos avanços da Ciência das Redes e da Inteligência Artificial aplicadas às organizações. Duas áreas de crescente importância e que contam com um poderoso ferramental analítico e preditivo para os tempos que correm, sem deixar de mencionar a fundamental importância da condução e interpretação humana.

 

DA ERA DA INFORMAÇÃO PARA A ERA DO CONHECIMENTO

Em suma, precisamos transcender a Era da Informação e atingir a Era do Conhecimento. Para isso, devemos nos aventurar a navegar na complexidade utilizando sabiamente novas e velhas técnicas de exploração (exploration) dos dados e explotação (exploitation) do conhecimento; aprender a extrair conhecimento estratégico do mar de informações internas e externas (muitas vezes o próprio CRM ou o repositório da memória organizacional já representam um campo de informação inexplorado) e integrar nas nossas análises os ambientes online e off-line, uma vez que as fronteiras são cada vez mais porosas e interligadas.

 

* o tema está sendo tratado também no Blog da Tree Branding.


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 1807

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