O laranjinha e os sites de compra coletiva
Vocês já perceberam como os sites de compra coletiva invadem nossas caixas de e-mails com ofertas que não solicitamos ou não nos interessam?
Descontente que estava com a grande quantidade de e-mails oriundos de vários desses sites, resolvi solicitar o cancelamento do meu cadastro para recebimento de novas "oportunidades" a cada novo e-mail com descontos que recebia.
E-mail e oferta não solicitada irritam! Lembrei então que há muitos anos atrás aqui em Salvador, um micro-empreendedor criativo teve a ideia de construir carrinhos similares aos carrinhos de picolé, mas em formato e na cor laranja, para vender suco de laranja em garrafa em alguns semáforos da cidade.
O sucesso dos carrinhos laranja foi imediato e logo a empresa pioneira ampliou sua área de atuação e passou a ocupar os semáforos com grande fluxo de veículos. O suco era bom, oferecido em garrafinhas com aspecto higiênico e bem gelado, o que representava uma boa forma de matar a sede.
O negócio deu certo até o momento em que diversos outros empreendedores, de vários portes, começaram a colocar mais carrinhos laranja nos semáforos e a concorrência virou uma confusão: era tanto carrinho e tanto vendedor de suco gritando, que o trânsito passou a ficar mais congestionado nos locais onde eles se concentravam e logo eles passaram a ser mal vistos pelos motoristas, que passaram a reclamar e também a duvidar da qualidade dos sucos servidos. O resultado é que depois de um certo tempo esses carrinhos laranja sumiram (ou foram proibidos) dos semáforos.
Em minha opinião os sites de compra coletiva caminham para angariar um nível de insatisfação crescente caso continuem a invadir as caixas postais das pessoas. Em que pese o fato do negócio deles necessitar de intensa promoção através da internet, os consumidores estão cada vez menos propensos a "dar atenção a quem grita em seus ouvidos" e a quem pratica uma comunicação impositiva e oportunista.
Não tenho a fórmula, nem pretendo ter, sobre qual o caminho que esses sites devem seguir, mas em tempos de web 2.0 e conectividade móvel, acho que a comunicação boa é muito mais colaborativa e consensual do que um e-mail não solicitado.
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