Quer um emprego? Invista em você!
Ok, virou lugar comum falar que o Brasil está em crise, que a economia está ruim e que os políticos só estão preocupados com eles mesmos. No elevador, na padaria, no ponto de ônibus etc. Falar da crise e de suas consequências virou mania.
As reclamações envolvem pessoas de várias faixas etárias e condições sociais, mas os que estão desempregados formam um dos grupos mais críticos em relação ao cenário atual, o que é compreensível, pois o desemprego gera frustações e a crítica é uma das formas de dar vazão à angústia e lidar com as sensações ruins.
Apesar de compreender as razões para o posicionamento crítico e o pessimismo, gostaria de propor algo diferente para você que está atualmente sem emprego: fale menos da crise e cuide mais de você e da sua empregabilidade!
É sério, existem vagas de emprego disponíveis para profissionais de todos os níveis de capacitação. No entanto, existe uma quantidade maior de vagas para aqueles que estão mais preparados.
Os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego – PME - realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) provavelmente irão variar bastante do primeiro semestre de 2015 para o segundo trimestre que ora vivenciamos, pois se os indicadores referentes à taxa de atividade 1, ao contingente de pessoas ocupadas, ao nível da ocupação 2 e ao número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado permaneceram estáveis no primeiro trimestre, tudo indica que os números referentes ao segundo trimestre sofrerão oscilações para baixo.
No entanto, o mercado vai continuar ativo, dinâmico, ofertando vagas e demandando profissionais. E é aí que a necessidade de investir em você e incrementar a sua empregabilidade fica mais evidente, seja qual for o seu nível profissional.
Comunicação, imagem pessoal, expressão corporal, línguas, cursos de nível superior, cursos técnicos, cursos profissionalizantes, certificados, postura nas redes sociais e diferente formas de abordar e tentar as vagas de emprego são algumas das alternativas de melhoria. Vejamos:
Se você é mecânico e deseja uma vaga em uma oficina especializada, qual seria o seu diferencial? Experiência? Cordialidade com os clientes? Cursos em montadoras?
E se você quer atuar como vendedor, qual seria o seu diferencial? Uma boa apresentação pessoal? Falar bem? Boa capacidade de redigir e-mails comerciais?
Vamos pensar agora no profissional que deseja uma vaga de gerente financeiro em uma multinacional. Qual seria o diferencial dele? Uma especialização em finanças? Amplo domínio de Excel? Falar outra língua de maneira fluente?
Notou a linha de raciocínio? Qualquer que seja a vaga de emprego desejada, qualquer que seja o nível do profissional, os diferenciais são importantes. E sempre vai haver espaço para melhoria pessoal. Todavia, muitos candidatos não buscam seus diferenciais e sofrem para participar de processos seletivos e conseguir emprego.
Grave isso: o diferencial não depende do nível que você já alcançou e todos, inclusive os seus concorrentes às vagas que deseja, podem buscar mais qualificação, mais conhecimento, melhor capacidade de relacionamento, melhor interação com equipes etc. Independentemente do cargo que ocupa ou deseja. Aprender algo novo, melhorar algo existente e buscar estar atualizado é importante para qualquer profissional. Principalmente para os que estão temporariamente buscando entrar ou voltar para o mercado de trabalho.
Sobre o ingresso ou reingresso ao mercado de trabalho, eu também gostaria de frisar algo relevante: diversos especialistas em mídias digitais e profissionais especializados no mundo virtual acreditam que currículos de papel serão completamente extintos nos próximos dez anos. Em outras palavras: os tradicionais CVs em papel já estão em processo irreversível de extinção e o recrutamento por meio de sistemas e sites especializados será o principal formato de contratação utilizado pelas empresas e pelos candidatos.
E você, já experimentou utilizar um site de recrutamento? Trata-se de uma ferramenta que tem o potencial de te colocar em contato com milhares de empresas e milhares de vagas de emprego. No Empregos.com.br são mais de 150 mil empresas e o número de vagas supera 200 mil oportunidades. São milhares de chances de colocação em empresas de todos os tipos, portes e regiões do Brasil.
Para concluir quero destacar um último ponto: nos Estados Unidos o termo “Job Seeker”, algo como “Procurador de Emprego” (em tradução livre), define os que estão procurando emprego por lá. E o que isso significa? Que lá na terra do Tio Sam, o termo para os que estão em busca de vagas de emprego não tem a conotação negativa como o termo utilizado aqui no Brasil que é o “Desempregado”.
O job seeker americano procura emprego e cuida da sua empregabilidade com uma carga menos pesada que o desempregado brasileiro, pois até a própria denominação ajuda, mas pense: procurar emprego é algo natural, que faz parte do desenvolvimento profissional de qualquer um e se você está sem emprego, siga buscando sua oportunidade e principalmente: cuide da sua empregabilidade, busque seus diferenciais, zele por sua reputação profissional. Seja mais “job seeker” do que “desempregado”.
Espero ter incentivado em você algumas reflexões: Você se mantém atualizado? Você investe em suas qualificações? Você está cuidando da sua empregabilidade? Você busca seus diferenciais? Se você respondeu sim, parabéns. Se respondeu não, sugiro que reflita bem. Em qualquer caso, eu te desejo sinceramente muito sucesso.
1 taxa de atividade - proporção de pessoas economicamente ativas em relação à população em idade ativa.
2 nível da ocupação – proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa.
Referências:
Pesquisa Mensal de Emprego. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 25/06/2105. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Mensal_de_Emprego/fasciculo_indicadores_ibge/2015/pme_201505pubCompleta.pdf>. Acesso em: 17/07/2015.
Como funciona. Empregos.com.br. Disponível em:
<http://candidato.empregos.com.br/servicos-candidato.aspx>. Acesso em 17/07/2015.
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1379
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