Minha amiga lésbica e a comunicação objetiva
Recentemente voltei a morar em São Paulo para trabalhar em um departamento de marketing e passei a conviver com pessoas mais jovens que têm turbinado minha mente com várias novidades e aprendizados.
Por meio dos meus novos relacionamentos conheci uma garota de 18 anos, lésbica desde os 15 e cujo maior sofrimento era a necessidade de esconder dos pais a sua escolha afetiva. Pais que ela ama e com os quais se dá muito bem.
Mari, cuja família é de Belo Horizonte, estuda Administração, divide um apartamento no prédio ao lado em que resido e se tornou companhia usual nos almoços e jantares do restaurante perto de casa que é point dos migrados que moram na região.
De tanto ouvir Mari chorar por não poder dizer aos pais o que realmente sente e compreender que não fazia sentido vê-la triste toda vez que conversava com a mãe, fiz a seguinte sugestão: se eles te amam, vão continuar te amando; por que não pensa em como dizer a eles?
Mari promoveu um encontro e contou para os pais que era lésbica, que namorava uma menina já há um ano e gostaria que eles soubessem e a aceitassem.
No início, a tempestade: a mãe de Mari chorou e a apavorou naquele encontro e em vários telefonemas posteriores. O mesmo aconteceu com o pai e finalmente com o avô, tradicionalíssimo patriarca da família.
Depois, a bonança. Eles se resolveram: Mari tirou um enorme peso da consciência que a afligia, todos passaram a viver uma verdade e a família já absorveu grande parte das ondas de choque.
E o que isso tem a ver com comunicação? Em tempos de tantas métricas e comunicação instantânea, o que resolveu para Mari foi uma conversa franca. Em algumas empresas que visito, porém, tenho a impressão que os gestores não conseguem desenvolver uma comunicação fluida e transparente com seus colaboradores.
Líderes precisam comunicar claramente o que esperam de cada colaborador e qual o suporte que oferecem para que entreguem o resultado esperado. Isso evita sofrimento desnecessário e contribui para a produtividade.
Manter canais abertos e uma comunicação objetiva com seus comandados é uma das prioridades para os gestores que desejam bons relacionamentos e ambientes corporativos nos quais a verdade prevalece.
E como se inicia uma boa comunicação?
Mari nos demonstrou que, às vezes, basta uma boa e sincera conversa!
Obs.: Antes de publicar esse texto, apresentei-o à Mari e perguntei se podia publicar. Ela respondeu simplesmente: “Sim, tranqs” (que significa “Sim, tranquilamente”).
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1221
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