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Itaú

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COLUNAS


Claudio Henrique


Diretor-Executivo e de Criação, desde 2008, da Conspira Corp, núcleo de conteúdo para marcas e empresas da Conspiração, já foi coordenador de roteiros do núcleo de TV (2007) e Diretor-Executivo da Concept (2010), o núcleo de projetos convergentes e digitais da produtora. Trabalhou na TV Globo, no Globo e no Jornal do Brasil (onde foi editor da revista Domingo, de TV e de Esporte), saindo em 1998 para integrar a equipe que lançou a revista Época – da qual foi chefe da sucursal carioca por cinco anos. Em 2004 iniciou-se no desenvolvimento de projetos de branded content, como Diretor de Conteúdo da agência Selulloid. Formado em Comunicação Social (PUC-RJ) e Direito (UERJ), com MBA em Gestão de Negócios pelo PDG-Exec (hoje Ibmec), tem dois livros publicados (“Botafogo, o Patinho Feio da Cidade”, RelumeDumará-2004, e “Uma Rua Sem Vergonha”, Ed. Record.-2009) e, como músico, três CDs.

"Power house" e a rebimboca da parafuseta

              Publicado em 29/08/2011

A montagem da unidade da Conspiração em Betim, ao assumir a produção de conteúdo para a TV corporativa da Fiat, foi feita em menos de duas semanas. Uma correria só. Afinal, as palavras que ouvi deles buzinavam na minha cabeça: “Na passagem de bastão do antigo fornecedor, a bicicleta não pode deixar de andar”. No meio daquele corre-corre – aluguel de imóvel, obra e montagem de estúdio, compra de novos móveis, equipamentos e computadores para a equipe, etc. –, um dia cheguei à produtora com uma demanda que, aos ouvidos de algumas pessoas da equipe, soou como, no mínimo, bizarra, pra não dizer idiota. “Uma coisa que não podemos esquecer, gente, é de assinar a Quatro-Rodas, e outras revistas especializadas em carros” – bradei, percebendo nos olhares dos demais algo como: “Xiiii, o Cláudio pirou!”.

Conto essa história para ilustrar a preocupação que tivemos, desde o início, de criar uma cultura de especialistas na TV Fiat. Se vamos falar de automóveis para pessoas que trabalham com isso, ou seja, os funcionários da Fiat e de suas concessionárias, temos que ter roteiristas, diretores, produtores, enfim, toda uma equipe afiada e informada sobre o segmento de veículos. Não há espaço para a famosa “rebimboca da parafuseta” neste time de profissionais.

Está na origem desta ação um conceito que perseguimos sempre como modelo ideal de prestação de serviço de comunicação de marca: a montagem de uma “power house”, uma unidade dedicada à criação e produção de filmes e outras ações de comunicação para uma marca ou empresa. É claro que, como geradores de conteúdo, todos os players defendem e sonham com a concentração de projetos em suas produtoras. Parece “papo de vendedor” e é mesmo, se você justificar este pleito com o argumento mais simples e óbvio: a otimização de custos para clientes a partir de uma demanda maior de projetos concentrados em um só fornecedor. Mas o buraco, ou, melhor, o “não-buraco”, é bem mais embaixo.

A experiência adquirida na Conspira Corp – o núcleo de conteúdo corporativo da Conspiração – atesta que a formatação de uma equipe dedicada e dando atendimento contínuo à área de comunicação da empresa gera ganhos que vão muito além dos financeiros. Agilidade, memória e organização de arquivos audiovisuais, envolvimento e conhecimento das macro-estratégias de comunicação e segurança de informação (sigilo) são apenas algumas das vantagens de um modelo assim, em que a empresa escolhe uma única produtora de conteúdo para atender a toda a sua demanda por produtos audiovisuais e projetos.
Com alguns clientes, mesmo que ainda não tenhamos alcançado um patamar tão avançado de integração, já desenhamos modelos em que preparamos tabelas de preços de serviços, que passam a ser a cartilha para o orçamento dos projetos pedidos. Uma prática de transparência e parceria. Reside em valores como esses a força do modelo que aqui defendemos. Não é por acaso que o chamamos de “power house”. Ele tem poder.


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