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Mauricio Felício
contato@feliciocomunicacao.com.br

Sócio Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão e treinamento em comunicação empresarial e Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, onde atualmente participa do programa de mestrado e é Professor conferencista para a graduação, com MBA em Gestão de Comunicação e Marketing pela mesma instituição (USP em parceria com a Florida University)."

 

Parece fácil seguir em frente

              Publicado em 11/08/2011

Todas as empresas têm suas normas, suas diretrizes. Há gestores e líderes por todos os lados. Planos de desenvolvimento e metas. Ferramentas de mensuração, técnicas de acompanhamento, avaliações de desempenho. Tantas são as formas de aferir o crescimento real das pessoas e do próprio negócio que temos a impressão de controle.

Um empregado, inserido dentro deste sistema hierarquizado e que lembra os movimentos maquínicos, parece somente poder ser um sucesso. Se isso não ocorre, dizem que é falta de liderança ou de motivação. Sem entrar no campo das alegações se é ou não possível motivar alguém ou se isso é um motor próprio, pensemos na questão dos valores corporativos, nos objetivos estratégicos e na natureza humana.

O processo de tentativa e erro, ao longo dos séculos, capacitou o homem sobrevivente para uma vida diferenciada. Ir além ou ficar aquém são tanto decisões quanto instinto, combinados para manter ou conquistar valores caros aos indivíduos.
Mas vamos ser práticos. Alguns gestores têm, muitas vezes, o hábito de entender o processo de liderança apenas como a transmissão de metas, mas este é um trabalho maior.

A nós não basta saber o caminho, é preciso ter uma visão clara do percurso e alguns parâmetros para averiguar se o caminho está sendo bem percorrido, e por mais que nosso pensamento egocêntrico possa indicar que somos autossuficientes, precisamos de alguém que esteja afastado do cotidiano para nos guiar. Alguém que tenha a visão do todo.

Neste vídeo vemos um bom exemplo de algo que achamos que somos capazes de fazer. Andar em linha reta. O personagem, de olhos vendados e orientado a seguir sempre reto, com o tempo começa a traçar um percurso sinuoso, curvo, e pode, por fim, após voltas e voltas, chegar ao ponto de partida jurando, também cegamente, que em momento algum se desviou de seu caminho ideal.

Temos sempre a impressão de que estamos no caminho certo, retos, mesmo quando o traçado há muito se perdeu. O passo anterior, que baliza o seguinte em uma continuidade recente, pode ter alguns de seus detalhes apagados pela repetição, pela ideia de obviedade e facilidade da tarefa. Um desvio mínimo em qualquer dos passos mostrará, sem dúvidas, um resultado em escala maior ao final da caminhada.

Se não vemos o caminho, não temos o ponto de partida e de chegada bem definidos, andamos cegos e, mesmo sem podermos enxergar, cremos ter feito passos diretos e firmes.

Quantas voltas as empresas não dão para chegar ao mesmo lugar? Isso, por si só, não é um problema, desde que o objetivo seja testar, tentar, arriscar. Mas em momentos de passos certeiros, não há de ser com os olhos vendados que chegaremos a um porto seguro.

Liderar é tarefa diária, mesmo com equipes bem qualificadas. Quanto mais seguros estamos das atividades que desempenhamos, ainda mais é preciso pedir e oferecer feedback, pois a cegueira das habilidades imaginadas sempre pode conduzir a caminhos sinuosos. Teremos a certeza plena de que os passos foram bem dados, mas se a base, a linha reta não tiver sido traçada desde o princípio, os profissionais mais experientes serão obrigados a se curvarem, a virarem a cada vento, para tentar contornar os próprios sentidos e suas convicções.

Que sempre haverá a necessidade de ajustes nos percursos corporativos é algo indubitável, mas crer que sem norte, podemos por intuição andar em linha reta e seguir sempre os mesmos valores fiel e continuamente, é esperar do acaso e da natureza um resultado lógico que há muito nos escapa.

Siga seu caminho, faça as curvas que precisar, mas nos dias em que pretende seguir em frente, tenha sempre alguém para lhe guiar ou um ponto de chegada bem definido.


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