A destruição criadora aplicada ao processo de comunicação
Em economia, “destruição criadora” foi um conceito introduzido pelo austríaco Joseph Schumpeter, no livro Capitalismo, Socialismo e Democracia, de 1942. Ele aponta a inovação como o elemento fundamental para um crescimento empresarial sustentado no longo prazo. Seria possível aplicar o conceito da destruição criadora em aspectos da gestão organizacional?
Em muitas situações o que se percebe é que as organizações carecem de um choque de realidade capaz de promover destruições criadoras em seus modelos de gestão. Inovar em gestão é fundamental para que se consiga estabelecer novos paradigmas e introduzir modelos que tornem as empresas mais “leves”, competitivas e auto-ajustaveis à condição mais estável que conhecemos: a mudança.
Trazendo o conceito de destruição criadora para a gestão dos processos de comunicação e partindo-se do pressuposto da “comunicação ideal”, ou seja, que houve planejamento com base em análises críticas consistentes e realização de projetos de comunicação subsidiados por controles refinados, será que a gestão do processo de comunicação de nossas organizações é consistente? Ou ainda se trata de um sub-processo marginal. Será que temos condições de antever ameaças ao processo e obsolescências nas ferramentas? Diante da constatação da obsolescência: temos meios de inovar com rapidez? São questões complexas.
É necessário entender que a descontinuidade em muitos casos é salutar, pois a comunicação e a não-comunicação geram-se mutuamente e o equívoco de se manter em circulação uma publicação obsoleta, por exemplo, pode se transformar num desserviço à integração organizacional. É comum nos depararmos com áreas de comunicação puramente operacionais, em oposição ao que seriam as práticas atualizadas de gestão.
Reinventar a gestão do processo de comunicação pode ser a reinvenção do próprio negócio. Mas, não confundir destruição criadora com criação destruidora. O segundo conceito, em muitos casos, traduz-se numa compulsão em introduzir modismos a esmo como pretexto de se manter atualizado, porém, promovendo a matança precoce das boas práticas e idéias. Pode ser o maior dos enganos. Inovar em gestão também passa pela redescoberta da simplicidade e pela definição do perfil, escolha e preparação de líderes capazes de ter a gestão como aliada e não como algo maior que a empresa e seus propósitos mais nobres.
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