Rádio: a mídia blattaria
Posso dizer, sem medo de errar, que o Rádio é meu grande companheiro no alvoroço do dia a dia. Um alvoroço paradoxal, que ao mesmo tempo em que me faz rodeado de pessoas, conversas e decisões, me impõe momentos de profunda solidão. Parafraseando Vinicius de Morais, que disse que o “Uísque é o cachorro engarrafado”, para mim, o Rádio é o cachorro eletrônico, ou digital, como queiram. Está ali. É só ligar. Traz na sua finalidade uma infinidade de serviços e entretenimentos, que em sua maioria, são úteis.
Conta uma lenda que as baratas podem sobreviver a uma guerra nuclear. Certamente elas são muito resistentes à radiação, cerca de dez vezes mais que os seres humanos. Elas estão em nosso planeta a aproximadamente 300 milhões de anos. Mas o que isso tem de relação com a mídia Rádio? Nada e tudo. É somente para dizer que o Rádio tem sobrevivido ao turbilhão tecnológico, ao surgimento de inúmeras novas mídias, a Internet, em que ele próprio, o Rádio, se insere, e que nos varre de forma avassaladora desde o início do século XX. Além e apesar de tudo, o Rádio ainda é uma mídia “barata”. Seu custo-benefício ainda pode ser considerado uma dos mais atrativos.
A história ensinou durante muito tempo que Guglielmo Marconi teria desenvolvido a tecnologia da transmissão radiofônica no final do século XIX e, por conseguinte, o Rádio. Mas quem fez tudo isso acontecer, de fato, foi Nikola Tesla, reconhecido posteriormente pela Suprema Corte Americana como inventor da radiodifusão e do Rádio. Tesla sempre esteve presente nos momentos mais importantes do século XX na implementação de tecnologias. Tesla superou até as ideias do próprio Thomas Edison, isso sem desconsiderar o valor de Edison e de suas invenções até os dias de hoje.
Por coincidência histórica, no Brasil também vinham sendo desenvolvidos estudos com a mesma finalidade pelo Padre Roberto Landell de Moura, cujas primeiras transmissões ocorreram entre a Medianeira e o morro de Santa Teresa, bairros de Porto Alegre.
O Rádio é a mídia que talvez mais tenha resistido ao tempo e passado por inúmeras adaptações. As possibilidades do Rádio, enquanto mídia, ainda parecem longe de se esgotar. A possibilidade da assinatura, semelhante a TV fechada e as várias possibilidades de convergência com outras mídias continua a fazer com que o Rádio ocupe um lugar privilegiado na mente das pessoas e no seu dia a dia. Seu “posicionamento” se assemelha às grandes marcas preferidas pelos consumidores. De forma muito resumida e despretensiosa, deixo aqui a minha homenagem a essa mídia blattaria.
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2178
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