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COLUNAS


Mauricio Felício
contato@feliciocomunicacao.com.br

Sócio Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão e treinamento em comunicação empresarial e Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, onde atualmente participa do programa de mestrado e é Professor conferencista para a graduação, com MBA em Gestão de Comunicação e Marketing pela mesma instituição (USP em parceria com a Florida University)."

 

Comunicação Clean

              Publicado em 03/03/2011

Falamos que a comunicação está mais transparente, mais leve. Apregoamos nossas responsabilidades sociais e das ações de branding. Criamos conceitos e campanhas transmidiáticas e apostamos nas redes para ganharmos audiência e envolvimento. Com tudo isso, vemos que o tempo que temos não mudou, mas nossa relação com ele sim.

Os espaços têm se transformado gradativamente. Agora é comum encontrarmos inúmeras empresas e profissionais buscando o que chamam de leveza na comunicação. Mas que leveza é esta?

Em busca de uma estética por vezes minimalista, muitos comunicados tornam-se vazios. Alegando a velocidade da informação e a falta de tempo do leitor, a capacidade interpretativa tem sido subestimada e o conteúdo tem sido ativamente empobrecido.

Ter pouco tempo não é determinante para uma leitura rasa.

Parte desta leitura desatenta, principalmente da comunicação administrativa e institucional, é fruto do empobrecimento do que é comunicado. Parte das empresas não está expondo suas pautas comunicáveis de forma a considerar profundamente os seus públicos.

Mesmo o leitor mais interessado fará uma leitura leviana de um texto leviano. E relacionamentos não se estruturam em ambientes desnutridos e com um diálogo monossilábico.

As pessoas têm se envolvido cada vez mais com as empresas, marcas e serviços, mas isso ainda se mostra, em muitos casos, como um esforço maior da sociedade do que das empresas. O entendimento inclusive dos temas relativos à gestão, à alteridade, ao engajamento são marcas de uma atuação preconceituosa sobre os públicos, sobre o que chamamos de classe C emergente, dos ativistas, dos blogueiros.

Não podemos manter nossas iniciativas apenas no âmbito do discurso, da retórica e do enfeite. Por outro lado, não quero aludir à comunicação desnecessariamente processualizada, mecânica.

Quero oferecer um lume sobre algo tão corriqueiro que pode parecer redundante e pífio. Simplicidade, clareza e leveza não são sinônimos de trabalho rápido, desleixado e sem ponderação. Prova disso é a dificuldade indiscutivelmente maior em transmitir uma mensagem completa em poucas linhas comparado aos grandes guias e relatórios que encontramos.

Todo conteúdo demanda uma mídia adequada e toda mídia oferece condições específicas para seus interlocutores. Resta fazermos o trabalho devido de adequar discurso e conteúdo.

Mas isso carece de atenção para que não seja uma bricolagem. Um texto no site a recortado para caber em um post e retalhado para virar um tuite dificilmente será um exemplo de comunicação efetiva, quem dirá ser sinônimo de envolvimento.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1683

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