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COLUNAS


Mauricio Felício
contato@feliciocomunicacao.com.br

Sócio Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão e treinamento em comunicação empresarial e Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, onde atualmente participa do programa de mestrado e é Professor conferencista para a graduação, com MBA em Gestão de Comunicação e Marketing pela mesma instituição (USP em parceria com a Florida University)."

 

Corte pelo pé

              Publicado em 03/02/2011

Muito assunto, pouco espaço, a redação está fechando a edição do jornal. Não há tempo para reescrever. O editor então ordena: "Corta pelo pé". O pé da página, geralmente opinativo e rico, é apagado. A conclusão se perde e a matéria é publicada como couber, como puder.

Que comunicador nunca ouviu esta expressão? E não são poucos os textos que são cortados pelo pé pelos editores ou pelos próprios leitores.

Mas não é apenas o jornalismo que aplica esta solução.

Comunicados internos, comerciais, estratégias midiáticas e redes sociais passam por isso todos os dias. Redes sociais? Estratégias midiáticas? Sim. E como!

Sem espaço? Corta. Acabou o orçamento? Encerra. Acabou o mês, para. Acabou a paciência, não responde.

É só um dos recursos dar sinal de deficiência para o planejamento cair no esquecimento.

Isso cria textos repletos de lacunas, campanhas incoerentes e diversos órfãos de produtos e serviços. Uma comunicação manca, vacilante, incompleta.

E quando lemos os textos mutilados, nem sempre nos lembramos que podem ter sofrido este corte grotesco, mas e os leitores comuns? E os nossos clientes? Somos obrigados a aceitar receber informações retalhadas, campanhas mal-explicadas, produtos sem envolvimento e sem história?

Consumimos, investimos, pagamos. Em troca “recebemos” experiências. Se serão integrais ou parciais, não será a falta de alguns centímetros de papel que vai justificar.

Já inventamos até um nome para os sites que já pretendemos abandonar. Lançamos o tal hotsite, conquistamos a meta e abandonamos os visitantes. Online e desatualizado, ele fica lá, mostrando que o que importava era a meta, não o relacionamento, não a experiência.

Corta o site pelo tempo, a campanha pelo orçamento e o texto pela comodidade.
Cortados, corremos o risco, com o perdão do trocadilho pobre, de ficarmos sem pé nem cabeça.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1532

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