Foco no indivíduo é a proposta do projeto Museu em Rede que será realizado pelo Instituto Peabirus, com produção do Museu da Pessoa através de um convênio com a Secretaria Estadual de Cultura.

O Museu em Rede disseminará as histórias de quatro cidades do Estado São Paulo (Eldorado, Sete Barras, Registro e Iguape) a partir dos depoimentos dos seus moradores. Um conceito idealizado pelo Museu da Pessoa e que para este projeto terá a participação do Instituto Peabirus que criará uma verdadeira “arena digital”. Parênteses: Arena digital é a denominação dada a qualquer ambiente digital (site/ aplicativo/ portal) que possua funcionalidades e estruturas que permitam a conexão livre entre usuários formando uma rede de indivíduos que possam gerar valor, conhecimento, ações e a sustentabilidade do diálogo entre todos os envolvidos. Uma arena digital pode ser formada por um ou mais ambientes digitais, desde que estejam integrados pelos processos de articulação em rede, processos estes que visam a colaboração, aprendizagem e criação coletiva de conteúdo, entre outros. Sinônimos de Arena Digital: Rede Social, Rede Digital, Rede Colaborativa.

Em cada cidade será armada uma cabine de captação de depoimentos. Trata-se de uma espécie de estúdio móvel, com iluminação, equipamento de gravação de depoimento em áudio e vídeo. Haverá um contato prévio com as principais lideranças e instituições de cada cidade, bem como uma divulgação nos principais pontos de circulação para convidar a população local a participar do projeto.

As histórias coletadas serão divulgadas em redes sociais tendo como plataforma a Célula de Inovação do Município (CIM), experiência pioneira do CEPAM (Fundação Prefeito Faria Lima- Centro de Estudos e Pesquisa da Administração Municipal); o que potencializará a importância deste resgate. Esta Célula (CIM) criada em setembro de 2009 tem como objetivo articular através de ações e atividades virtuais os atores do município para dar visibilidade e promover a conversação entre as cidades e a rede. O projeto acontecerá nas cidades durante o mês de fevereiro e permanecerá nas principais redes sociais por quatro meses.

O Museu em Rede entre outras possibilidades criará novos acervos históricos para as cidades envolvidas, possibilitará que as próprias cidades editem seus livros, vídeos e exposições a partir dos depoimentos coletados e/ou inseridos pelos próprios usuários.

Este convênio mostra a preocupação da Secretaria Estadual de Cultura  em “interiorizar a cultura” nas palavras de seu secretário Andrea Matarazzo. Aqui reside a meu ver a força do projeto, trata-se do foco fora do foco, ou seja, descentralizar as ações culturais dos grandes centros e focar nos indivíduos dos municípios, afinal é aí sua morada. Trata-se de uma forma inovadora de preservar e divulgar a memória das cidades.