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COLUNAS


Rosana Dias


Jornalista formada pela PUC/SP, tem atuado como profissional em redação e na área de comunicação corporativa das empresas. Foi repórter na revista Exame e no jornal Folha de S.Paulo. Na área de comunicação corporativa, tem experiência profissional em empresas como Grupo Pão de Açúcar, Fiat Automóveis, TV Globo e Embraer.
Na área acadêmica, possui MBA Executivo em Administração pelo IBMEC/SP, MBA de Gestão de Negócios Internacionais e e-business pela FAAP, e uma pós-gradução em jornalismo na Thompson Rivers University, no Canadá.

Jornais do futuro

              Publicado em 27/01/2011

Estou convencida de que os jornais impressos vão acabar.

Bastou um ano e meio na universidade em contato com as novas tecnologias para, mesmo relutante, ver que o formato que conhecemos por tantos anos está com seus dias contados. 

Até ai, não tem muita novidade. Até o publisher do jornal The New York Times, Arthur Sulzberger, afirmou em 2010 que o tradicional NYT vai parar de ser impresso “em algum momento no futuro”.

A tevê, junto das webs e dos celulares serão as principais mídias de acesso à informação.

E se depender das novas gerações e das novas tecnologias, a mudança para os jornais vai acontecer mais rápido do que se imagina. No ambiente acadêmico, tenho convivido com a chamada geração digital e vi o quanto a versão mídia impressa perde de longe para a mídia eletrônica.

Quase ninguém das novas gerações lê jornal impresso.

E são eles os leitores do futuro. E o conceito de se informar está diretamente ligado a uma tela e um teclado. Pode ser o computador ou o celular, mesmo a tevê. Nada de papel.

Um bom indício deste comportamento está numa pesquisa feita em 2010 pelo instituto norte-americano Pew Research Center. O levantamento mostrou onde os leitores tinham visto/lido as noticias no dia anterior. O percentual que tinha visto notícias online, 34%, era o mesmo que tinha lido nos jornais (quadro abaixo). Os leitores que usam os jornais impressos para obter informação tem declinado visivelmente: era 43% há dez anos, se reduziu para 34% atualmente.


Curiosamente, o mesmo levantamento mostrou que o tempo gasto na leitura de noticias nos Estados Unidos aumentou de 67 minutos para 70 minutos, em média, por dia.

A questão então não é se vai consumir noticias, mas onde. E esta é uma questão que deve estar nas reflexões de qualquer profissional de comunicação de todo o mundo.

Onde os leitores vão buscar as notícias? Com que frequência? Como e por onde atingir o público formador de opinião?

Uma das respostas para estas perguntas pode ser os chamados tablets. Só neste ano devem ser vendidos 70 milhões destes equipamentos nos Estados Unidos, que tiveram como precursor o Ipad, da Apple. 

De acordo com uma pesquisa publicada recentemente pelo Instituto de Jornalismo Ronald W Reynolds da Universidade de, Missouri, 84% dos entrevistados que possuem Ipads estão usando-os para acessar noticias enquanto 81,5% acessam para leitura de lazer, 80% os usam para “surfar” na web e 75% para checar emails.


Serão os Ipads os nossos jornais do futuro?

Muita gente começa a apostar que sim.


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