Profissionais de comunicação de algumas empresas começam a se interessar por essa novidade: publicações digitais. Afinal, quem é o gestor que não sonha em distribuir suas publicações para um público infinitamente maior que o usual e, ainda por cima, por custos bem menores. E mais, toda aquela coleção de revistas e livros já publicados nas últimas décadas pela empresa podem voltar à vida, gerando nova visibilidade e conhecimento para um amplo público.

O livro digital não é mais um ilustre desconhecido no Brasil. Existe (em formato comercial) no exterior desde 2007. E, em 2010, a partir do Primeiro Congresso sobre livro digital e da Bienal do livro, vem se consolidando aqui no Brasil. Tal tecnologia permite, em linhas gerais, que uma versão digitalizada do livro impresso possa ser lida por qualquer computador conectado à internet, ou via remota, por dispositivos portáteis denominados e-readers (do que são exemplo iPad, Kindle, Sony Reader, etc). Além disso, devemos pensar que no ano que vem, os smartphones também se consolidarão como devices.

O livro digital tem muitas vantagens em relação ao livro impresso, destaco algumas: ser uma alternativa mais barata (não possui custo de impressão e distribuição), ecologicamente correta (dispensa papel), mais flexível (permite correções e atualizações em tempo real, interação com outros serviços de internet e com ferramentas, como pesquisa, tradução, comentários etc), e com maior facilidade no armazenamento (não ocupa espaço físico) e na difusão ao público (sua distribuição ocorre em tempo real ao seu lançamento, e alcança todos os cantos do globo). 

O mais importante que deve ser ressaltado nesse momento é a oportunidade que as empresas têm de falar de si própria para o seu público alvo: o consumidor. Na maioria das vezes, as publicações empresariais são restritas para o seu público interno. Claro que não se trata de priorizar um público em detrimento do outro, mas de comunicar suas ações, suas histórias para a sociedade em geral. Isso é uma demonstração de “responsabilidade social”.

No Brasil, tendo em vista que os e-readers ainda não se encontram difundidos no mercado, a opção da veiculação do livro digital é via PC/Mac. Como distribuidores, existem o Lector.com, banca/livraria digital que reúne os principais títulos de revistas e livros do País. Além dele, existem outros distribuidores nesse mercado promissor, como a Saraiva e o Submarino.
 
Um case : o Lector

Lector.com é uma plataforma tecnológica destinada à disponibilização (onerosa ou gratuita) de edições de revistas, livros, periódicos e outras publicações em formato digital. Trata-se de uma banca de revistas digital, que pretende reunir as principais publicações nacionais, e na qual o leitor pode pesquisar e encontrar edições antigas, atuais, técnicas, acadêmicas, fora de circulação, ou que sequer foram publicadas no formato convencional (feitas especialmente para o portal).

A plataforma Lector.com pretende aumentar a capacidade de distribuição de revistas e demais publicações no mercado brasileiro, que hoje se encontra concentrada nas mãos de apenas um distribuidor. Outro objetivo é a criação de um novo mercado ainda não explorado, de brasileiros residentes no exterior e estrangeiros com interesses culturais e comerciais no País.