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Mauricio Felício
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Sócio Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão e treinamento em comunicação empresarial e Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, onde atualmente participa do programa de mestrado e é Professor conferencista para a graduação, com MBA em Gestão de Comunicação e Marketing pela mesma instituição (USP em parceria com a Florida University)."

 

Reinventando a roda

              Publicado em 18/11/2010

Quando eu era menor, tinha um problema sério com ditados populares. Achava que as pessoas os usavam só para complicar as coisas.

“Nem que a vaca tussa”. Que raios tinha a vaca a ver com os meus problemas?

“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Tadinho do bicho. Deixa ele voar, pensava eu.

“Quem canta seus males espanta”. E espanta mais um monte de gente, no meu caso.

Mas voltando a vaca fria (olha ela aqui outra vez), cresci usando um ou outro ditado, mas sempre de modo automático. 

Algumas vezes parei e pensei muito sobre os motivos pelos quais estas frases são repetidas com tanta força. São resumos populares que sintetizam anos de conhecimento e vivência. Mensagens por vezes não tão claras ou simples, mas que podem ajudar a tomar decisões difíceis na hora da dúvida. E isso tudo não tem nada a ver com crendice.

Vamos tentar aplicar isso às empresas?

Que tal parar de trocar a roda com o carro andando todo santo dia. Você pode estar colocando o carro na frente dos bois. E por falar em roda, pare de reinventá-la. Já tem gente de mais dando com os burros n'água por ser mais teimoso do que uma porta.

Vai que seu chefe chega para trabalhar com a macaca, e você, de papo pro ar e com a corda no pescoço, continua pensando na morte da bezerra. O resultado? Batata! No frigir dos ovos é você que vai procurar o que fazer lá onde Judas perdeu as botas. E não adiantam as lágrimas de crocodilo.

Dê a mão à palmatória e pare de remar contra a maré de vez em quando. Pare de pintar o sete e lembre que tem horas que cada macaco deve mesmo estar no seu próprio galho. Nada de reclamar da grama do vizinho. Dobre a língua.

Por outro lado, não jogue tudo para o alto. Está certo que uma andorinha só não faz verão, mas tem muita coisa escrita certa em linhas tortas. Como quem bate esquece, mas quem apanha tem memória de elefante, tenha em mente que um dia é da caça mas o outro pode ser do caçador.

Se não tiver nada de bom para falar, murche a orelha. Vá com calma, pois de grão em grão a galinha há de encher o papo. Nem tudo é confete. Mas também não se prenda ao pé de cada letra.
Largue mão de jogar pérolas aos porcos. Deixe de andar com aqueles amigos da onça. Se achar que tudo está de cabeça para baixo, não veja nisso um motivo para fazer do seu trabalho a casa da mãe Joana. Afinal, quem não tem cão caça como gato.

Já que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver, então veja embaixo do seu nariz tudo o que tem, acorde com as galinhas, e se dedique.

Vou parar por aqui com os ditados. Ufa, salvos pelo gongo.

O que precisamos tirar disso tudo é que muitas vezes chamamos diversos profissionais para uma reunião que alguns objetivos não tão claros, como debater o fogo e criar uma nova roda.
Aplicar recursos para discutir o sexo dos anjos enquanto o cliente paga pela ineficiência é o sinal mais evidente de que ainda não compreendemos que quem nos sustenta é ele, o tal do cliente. É ele o chefe, é ele o que precisa de nosso profissionalismo. Ele é, sem sombra de dúvidas, a razão pela qual as empresas existem. Mas qual é a nossa razão de estarmos lá?


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