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COLUNAS


Mauricio Felício
contato@feliciocomunicacao.com.br

Sócio Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão e treinamento em comunicação empresarial e Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, onde atualmente participa do programa de mestrado e é Professor conferencista para a graduação, com MBA em Gestão de Comunicação e Marketing pela mesma instituição (USP em parceria com a Florida University)."

 

Não perca as boas oportunidades

              Publicado em 24/09/2010

O trabalho de comunicação, por mais que seja uma atividade inseparável do sujeito, é visto como algo abstrato por muitos profissionais, mas será que é mesmo tão difícil encontrar parâmetros para melhorar nossas ações?

Não há dúvidas de que os números são os preferidos de muitos presidentes e diretores corporativos, então que falemos a linguagem deles.

Diariamente temos perdido oportunidades de aprimorar o nosso trabalho e a efetividade de nossas comunicações por simples falta de atenção.

Desafio vocês, leitores e leitoras, a listarem três empresas que não utilizam e-mail como canal de comunicação. Agora desafio a elencarem outras três que saibam exatamente qual é o horário em que seus empregados mais acessam e-mail, que tipo de sites eles têm visitado, quantas horas passam diariamente na empresa, quantos são casados e quantos têm filhos.

Fácil é dividir, dizer que Comunicação deve ou não deve estar na estrutura de Recursos Humanos. Que a área de informática é suporte, que a administração não se prepara para gerar fatos comunicáveis e que só pensa em resultados econômicos. Mas estamos fazendo direito a nossa lição? Olha que esta nem é a lição de casa, não é o extra, mas o basal.

Enquanto equipes de marketing, por exemplo, criam diversas chamadas diferentes para cada promoção online, testam as opções durante alguns minutos e depois de meia hora avaliam qual foi o texto mais clicado para que seja mantido pelo resto do dia e traga mais resultados, nós, da comunicação corporativa, temos perdido a oportunidade de fazer o mesmo, de fazer os testes necessários para vender melhor o nosso produto.

Você já cogitou inserir um link rastreável para um comunicado interno? E em segmentar o link por áreas da empresa para verificar a quantidade de acessos que cada equipe produz? 

Antes de pensar que isso é exagero, pense da seguinte forma. Um médico pode optar por realizar apenas algum tipo de atendimento, repassando para colegas os casos mais críticos ou menos interessantes, segundo seu perfil, mas ele jamais pode se dar ao luxo de não conhecer os exames, os quadros e as doenças que envolvem sua especialidade e de parar de buscar novos conhecimentos para aprimorar sua capacidade e conhecimento.

Da mesma forma que outros profissionais, temos que nos inteirar das informações que podem servir de subsídio para nossa atuação, sejam elas parte de debates teóricos, sejam eles técnicas e tecnologias pertinentes.

Procure saber quais são as dúvidas mais recorrentes no SAC de sua empresa e pense se os seus funcionários, os jornalistas e tantos outros públicos não podem ter as mesmas indagações.
Confira a área mais acessada do seu site corporativo, veja o tempo gasto em cada artigo, produto ou serviço, solicite um relatório de palavras mais buscadas e reflita novamente se estas informações podem ser usadas para aprimorar a comunicação tanto no próprio site quanto fora dele. Teste títulos, cores, formatos. Teste.

Muitas vezes, por receio da tecnologia, acabamos não nos dando conta das possibilidades que temos. Sejamos, então, aquilo que sempre estimulamos em nossas empresas. Sejamos empreendedores, exigindo parcerias mais estratégicas e intelectuais.
Os primeiros passos na construção de uma comunicação mais mensurável e focada nas peculiaridades, e não na massa, são sempre os mais trabalhosos. Mas, por outro lado, o prazer e o orgulho de saber que dominamos informações cruciais do nosso trabalho e que conseguimos, com isso, construir planos de desenvolvimento e de gestão de crises muito mais assertivos é indescritível.

Por fim, vale um alerta. Ao criar indicadores, lembre-se de se aplicar em questões realmente mensuráveis e de trabalhar com os dados de modo paulatino, respeitando os momentos certos para que os aprendizados sejam efetivos, evitando assim a paralisia pelo excesso. Pense sempre na matriz de relevância e importância e faça um bom trabalho.
E se você e sua equipe já fazem um trabalho exemplar, continue estimulando o desenvolvimento e compartilhe conosco suas boas práticas.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2783

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