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Cristina Panella
cristina@cristinapanella.com.br

Diretora de Cristina Panella Planejamento e Pesquisa. Cristina Panella é Doutora em Sociologia com ênfase em Comunicação pela E.H.E.S.S. – Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Mestre em Antropologia Social e Cultural pela Sorbonne (Université René Descartes – Paris V) e Mestre em Formação à Pesquisa em Ciências Sociais, também pela E.H.E.S.S. Também é professora convidada da ECA – USP e tem experiência nacional e internacional na área de consultoria de comunicação e marketing, pesquisa de imagem e reputação, mercado e opinião. Dedica-se, atualmente, ao desenvolvimento de abordagens e metodologias expressas em indicadores e índices que enriqueçam o planejamento, a pesquisa e a comunicação.

Chega de (só) medir! A verdadeira definição da Pesquisa

              Publicado em 01/09/2010

pes.qui.sa
sf (cast pesquisa) 1 Ação ou efeito de pesquisar; busca, indagação, inquirição, investigação. 2 Exames de laboratório. P. de audiência: aquela que é levada a efeito entre o público exposto às transmissões de uma emissora de rádio ou televisão ou a um determinado programa, para saber a freqüência e a intensidade com que a emissora ou o programa é ouvido; enquête. P. de mercado: coleta e análise interpretativa de fatos relativos a um produto ou serviço capazes de influir na sua comercialização e na planificação de sua propaganda.
Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

Hora de voltar às origens!

O privilégio acordado à gestão nas organizações públicas ou privadas - caracterizado pela complexidade proveniente da inter-relação entre diferentes áreas profissionais - explica, em boa medida, o interesse crescente e o lugar de destaque acordado a metodologias e técnicas que assegurem a medição de resultados, ainda mais importantes face às fortes somas investidas em comunicação.

Nesse novo tipo de organização da sociedade, o relacionamento com os vários segmentos sociais -  e seus atores (os chamados “públicos”) - é imperativo para que empresas e organizações recuperem a plenitude de sua atuação enquanto agente econômico e social, atuação que contribui decisivamente para a imagem e reputação das corporações e instituições. Verdadeiro desafio para os executivos!

O conhecimento da opinião pública – resultado da interação e da tensão entre organizações, classes, grupos, redes e indivíduos - tornou-se condição indispensável  para a gestão. É tarefa da sociologia, aliada a outras disciplinas presentes nas empresas e institutos de pesquisa, buscar, delinear, identificar e, principalmente, compreender, percepções e opiniões.

Assumindo o risco – mas também os benefícios - da repetição, insisto: o lugar e a importância do diagnóstico precisam ser resgatados¹. E, por bom diagnóstico, entenda-se aquele que:

             1) evita quaisquer realidades e recortes definidos a priori. Antes, é conduzido com abertura de espírito e instrumentos técnicos que tornem possível identificar as nuances de comportamento, expressão e opinião que sustentam e expressam as especificidades dos grupos sociais;

              2) ultrapassa a simples descrição e aporta contribuições analíticas significativas, organizando, de forma sintética os diferentes grupos e suas relações (de poder, econômico, político ou simbólico);

              3) desenvolve e utiliza o melhor ferramental técnico para expressar indicadores pertinentes, tanto transversais aos grupo em estudo como específicos a cada um, equipando os gestores para a fixação de metas, monitoramento contínuo e mensuração de resultados.

Mas atenção: para isso, é preciso tempo!

Não muito: um, dois, três meses, dependendo da amplitude geográfica, de públicos e de questionamentos que se pretenda. Esse período é também necessário para que pesquisadores e equipes de campo mergulhem nas especificidades do setor econômico em questão, adquirindo conhecimento absolutamente fundamental para a compreensão dos resultados e para a análise e elaboração de recomendações.

No entanto, é justamente esse “tempo” que muitas vezes representa o principal obstáculo da (boa) pesquisa nas organizações. Executivos e gestores, da administração à comunicação, após despenderem longos períodos (anos, por vezes) em discussões internas sobre a melhor maneira, a melhor equipe, a melhor metodologia, etc... para chegar ao conhecimento necessário ao estabelecimento de bases para a tomada de decisão, determinam que processo da pesquisa seja condensado em uma, duas, três semanas!



relembrando:
sf (cast pesquisa) 1 Ação ou efeito de pesquisar; busca, indagação, inquirição, investigação.
Conhecer ainda é o principal objetivo da pesquisa. É, por assim dizer, seu “core business”. Medir resultado, é conseqüência que exige um excelente diagnóstico.

 

¹ - PANELLA, Cristina. Diagóstico e Mensuração - Falta de tempo ou falta de método?. Disponível em http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=72&ID_COLUNISTA=36.


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