Parecia um filme, daqueles em que se volta no tempo. Mas era real. Depois de tantos anos de atividade profissional, estava eu ali, estagiária de novo. Tentando aprender como se faz comunicação corporativa em outro país, em outra língua. Falando com pessoas que nunca haviam ouvido meu nome ou o de empresas para as quais eu tinha trabalhado. Também estava eu ouvindo falar de clientes e corporações completamente novas.

Espetacular por um lado, difícil por outro. Espetacular estar acompanhando e tentando produzir neste cenário "internacional". Difícil pelas barreiras da língua, ainda um grande desafio para se expressar com conforto e rapidez. Constatação 1: a forma de trabalho das agências de relações públicas estão cada vez mais globalizadas e as ferramentas são praticamente as mesmas: media trainings, planos de crise, estratégias de contato com a mídia, clipping de imprensa. Constatação 2: cada vez mais as mídias sociais fazem parte desse universo, com o Facebook e o Twitter, entre os meios mais usados.

Mas a oportunidade me mostrou uma outra coisa, ainda mais importante. Que os profissionais depois de alguns anos deveriam voltar a se colocar na posição de estagiários, se possível numa experiência internacional. E voltar a viver e observatório que as equipes de produção pensam e falam. Melhor ainda assistir como são as relações corporativas dos dois lados. Como diz a propaganda, esta experiência "não tem preço".