BP
Reprodução de imagem publicada no jornal canadense National Post, em 31 de maio de 2010.
A sigla de duas letras, BP, ficará conhecida por muitos superlativos nada elogiosos: a de ser responsável pelo maior vazamento de óleo da história e o ter provocado o maior desastre feito pelas mãos do homem. Talvez, como muitas vezes acontece nestes casos, também vire case de relações públicas pela dimensão do ocorrido e do tempo de reação, considerado tardio e equivocado.
O B é de British, o P de Petroleum. A companhia inglesa é a terceira maior na área de energia e a quarta maior empresa do mundo. Com 80 mil funcionários, está presente em mais de 30 países e extrai 2,3 milhões de barris por dia. Exatamente isto, 2,3 milhões de barris/dia. Certamente, uma empresa com este tipo de atividade de risco e esta dimensão deve ter um plano de crise bastante estruturado.
Mas, surpreendentemente, a realidade fica longe da teoria. Desde 20 de marco, quando aconteceu a explosão na plataforma no Golfo do México, as informações na mídia davam conta de um acidente, uma explosão com vítimas fatais. Nenhuma referência sobre vazamento de óleo e qual a gravidade. No início, na verdade, a impressão que se tinha era que havia acontecido um acidente e ponto. Passaram os dias, até que a mancha de óleo começou a aparecer e aumentar.
Mais de um mês depois, no final de maio, surgiu a outra face da história, pautada por óleo, óleo e mais óleo. A mídia começou a buscar respostas. O canal CNN dedicou horas ao assunto, questionando inclusive os executivos da BP sobre medidas mais rápidas e mais eficazes. As imagens do vazamento feitas em alta profundidade têm sido reproduzidas à exaustão nas últimas semanas. As informações oficiais falam em 5.000 barris/dia jorrado ao mar. As extra-oficiais em 100 mil barris por dia.
Até o início do mês de junho, as tentativas em controlar o vazamento foram em vão. Imagens com pássaros cheios de óleo e praias tingidas de preto viraram quase uma rotina na mídia. Executivos de alto-escalão da BP perderam seus postos, principalmente nos EUA. No final de maio, a lista já estava em 14 nomes. O Governo dos EUA, pressionado pela opinião publica, endureceu com a companhia.
No início de junho, notícias mais animadoras davam conta que as atividades para controlar o vazamento começavam a dar certo, em parte. Mas parece que o pesadelo ainda não tem prazo para acabar.
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