O futuro da comunicação aos olhos da tecnologia da informação
Em 1799, os soldados do exército de Napoleão Bonaparte descobriram um artefato que seria um dos mais valiosos da história da arqueologia – uma enorme pedra de granito negro que tinha a chave para a tradução entre os idiomas egípcio tardio e grego: uma inscrição que trazia um mesmo texto, escrito nos dois idiomas. A pedra, por ter sido encontrada próxima à região da Roseta, foi chamada de Pedra da Roseta.
Uma vez que o idioma grego era conhecido, o artefato forneceu aos pesquisadores uma espécie de tradutor entre os dois idiomas e permitiu que abríssemos um mundo ainda inexplorado, sobre escritos em egípcio tardio.
Praticamente cem anos mais tarde, em 1887, Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou pela primeira vez uma versão inicial de uma nova língua. O Esperanto. Aquela que se propunha a ser um idioma universal, que facilitasse a comunicação entre os seres humanos das mais diversas partes do mundo.
Essas são apenas duas das iniciativas já realizadas pelo homem para resolver um problema que nasceu juntamente com a própria humanidade – a comunicação.
É sabido que grandes problemas em organizações são causados pela comunicação entre as pessoas. Pessoas que falam o mesmo idioma e convivem diariamente. Imagine a dificuldade que não é se fazer entender em outro idioma. Problemas de comunicação iniciaram grandes guerras e conflitos por toda a História.
O problema da comunicação, porém, está sendo razoavelmente bem resolvido pela tecnologia com os tradutores instantâneos. Do Google Translator ao Babylon, o desejo do entendimento e da compreensão vem sendo a cada dia solucionado.
Sim. O Google de novo.
Comunicação baseada em estatística e, semelhante ao que a Pedra da Roseta fez, baseando-se em comparação de textos iguais escritos em vários idiomas: o Google tem prestado um serviço de facilitar a comunicação entre os seres humanos de várias etnias e países com um simples clique.
É claro que a tradução erra algumas vezes, porém, é o suficiente para que entendamos perfeitamente o contexto. Para os pessimistas de plantão que dizem – eu testei um desses há uns três anos e a tradução mais parecia uma sopa de palavras traduzidas – aí vai uma informação que não é nenhuma novidade: em tecnologia, um ano é uma eternidade para se melhorar um processo, três anos, então...
Os tradutores podem mudar para sempre a nossa maneira de ver (e ler) o mundo. Até então, parafraseando Schopenhauer, o homem tomava como os limites do mundo seu próprio campo de visão, ou ainda, seu próprio idioma. Não precisa mais ser assim.
A tradução instantânea também chegou aos celulares. Imagine poder ler qualquer livro ou texto técnico já escrito na Terra – que muito em breve será um e-book – por meio de um iPad ou um celular. Ou mesmo um Kindle. Textos bem traduzidos lhe revelando um universo de possibilidades nunca antes exploradas.
Um novo mundo da comunicação se abrirá ao longo dos próximos anos. A comunicação mudará mais na próxima década do que mudou no último século.
A Pedra da Roseta hoje é bem mais leve e está nos nossos bolsos e monitores. Aprenda a usá-la e perceba que a miopia do idioma está com os dias contados.
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
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