Busca avançada                              |                                                        |                            linguagem PT EN                      |     cadastre-se  

Itaú

HOME >> ACERVO ON-LINE >> COLUNAS >> COLUNISTAS >> Izabella Ceccato
COLUNAS


Izabella Ceccato


Idealizadora e fundadora da REDE DO BEM, um grupo de sites que fomenta e potencializa ações para transformar a realidade em que vivemos. O grupo é composto pelo Eco do Bem financiamento coletivo (www.ecodobem.com.br) e pelo portal Eco Rede Social, que inspira e divulga pessoas, iniciativas e pensamentos que estão fazendo diferente por um mundo melhor. Nos seus mais de 20 anos de carreira, trabalhou na área de comunicação em diversas empresas como: Instituto Votorantim, Grupo Votorantim, Rede Iguatemi de Shopping Center, J.W. Thompson, entre outras. Foi professora universitária por 10 anos. Publicitária, pós-graduada em Marketing. Em seis meses de imersão no Schumacher College/UK teve o privilégio de estudar: Ecoliteracy, the first principle of radical change, Live a spiritually guided life, Conversation that Matters, Workshop Joanna Macy, experiência que transformou a sua forma de enxergar e de se relacionar com o mundo! Sonhadora, idealista, mestre Reiki, apaixonada pela vida e numa eterna busca pelo equilíbrio.

Comunicação e Sustentabilidade

              Publicado em 24/05/2010

Estive pensando por um longo período sobre o conteúdo desse artigo. O que ele deveria conter e como abordar um tema novo e aparentemente já desgastado?

Inicio com uma reflexão sobre o que é ser sustentável para o ser humano, afinal, empresas sustentáveis ou não, são feitas e comandadas por pessoas. Para mim, viver de forma sustentável implica em irmos numa direção diferente da que estamos. Implica em redescobrir a alegria, a leveza, a simplicidade, a moderação, a tranquilidade, o bem-viver e o bem-querer a nós mesmos e a tudo o que convive conosco. Empresas, marcas, pessoas precisam passar primeiro pela redescoberta do outro para em seguida perceber que tudo o que nos cerca, afeta-nos de alguma forma e vice-versa.

A grande maravilha do ser humano é que ele é capaz de unir três forças com uma enorme capacidade transformadora: a consciência, o afeto e a esperança no futuro. Essas forças podem ir ao encontro das dimensões ambiental, social e econômica da sustentabilidade e podem, ainda, usar a comunicação por meio da sensibilização, motivação e participação. Afinal, a comunicação da sustentabilidade não começa com técnicas de comunicação, mas com ações práticas de sustentabilidade.

Quero me focar nesse artigo em como nós, profissionais da comunicação, podemos formar redes internas e criar alianças para que a sustentabilidade seja assimilada e incorporada nas pequenas e grandes corporações. Somos profissionais que desenvolvemos, como característica intrínseca à profissão, uma alta facilidade para absorver conceitos. Qualquer que seja o tema, em poucos minutos o incorporamos ao vocabulário, enquanto elaboramos um rápido esboço de seu significado. Somos capazes de discutir sobre os mais variados e inusitados temas com a maior naturalidade.

Então, por que não aproveitar esse diferencial? Podemos usá-lo a favor da organização para fazer alianças, influenciar atitudes, criar novos canais, mudar cultura! Algumas etapas considero imprescindíveis para que o profissional tenha sucesso nesse processo de comunicação da sustentabilidade:


•    Aliar comunicação da sustentabilidade aos desafios do próprio negócio, sempre buscando sinergias na comunicação;

•    Fazer alianças internas, buscando áreas que sejam nossas aliadas e canais para a discussão do tema;

•    Mapear os públicos, principalmente aqueles que possam ser, além de multiplicadores, nossos aliados;

•    Mapear e influenciar canais de comunicação interna, sugerindo pautas para todos veículos dirigidos aos diversos níveis da organização;

•    Desenvolver conteúdos pertinentes, buscando sinergia das ações desenvolvidas com as estratégias do negócio, exemplificando casos práticos para tornar o tema mais palatável;

•    Criar canais colaborativos para troca de experiências; blogs, por exemplo, tanto interno quanto externo, são ótimas ferramentas para criar redes e incentivar o relacionamento e troca contínuos;

•    Mensurar resultados, avaliando mudança de cultura e potencial de desenvolvimento.

Com a implantação dessas etapas no cotidiano dos comunicadores, penso que será possível, ao longo do tempo, suprimir dos glossários de publicações de sustentabilidade o tão falado Greenwashing: ato de enganar os consumidores sobre práticas ambientais de uma empresa ou sobre os benefícios ambientais de um produto ou serviço. Isso abrirá espaço para que a transparência e as ações reais de sustentabilidade sejam divulgadas, apreendidas e assimiladas por todas as partes interessadas, servindo assim como exemplo para todas as demais empresas, sejam elas grandes ou pequenas organizações.


Para mais informações sobre o tema, conheça:

Publicação GreenCOM: Environmental Education & Communication For a Sustainable World

Guia de Comunicação e Sustentabilidade elaborado pelo CTCOM do CEBDS


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1905

O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996

Sobre a Aberje   |   Cursos   |   Eventos   |   Comitês   |   Prêmio   |   Associe-se    |   Diretoria   |    Fale conosco

Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090