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COLUNAS


Izabella Ceccato


Idealizadora e fundadora da REDE DO BEM, um grupo de sites que fomenta e potencializa ações para transformar a realidade em que vivemos. O grupo é composto pelo Eco do Bem financiamento coletivo (www.ecodobem.com.br) e pelo portal Eco Rede Social, que inspira e divulga pessoas, iniciativas e pensamentos que estão fazendo diferente por um mundo melhor. Nos seus mais de 20 anos de carreira, trabalhou na área de comunicação em diversas empresas como: Instituto Votorantim, Grupo Votorantim, Rede Iguatemi de Shopping Center, J.W. Thompson, entre outras. Foi professora universitária por 10 anos. Publicitária, pós-graduada em Marketing. Em seis meses de imersão no Schumacher College/UK teve o privilégio de estudar: Ecoliteracy, the first principle of radical change, Live a spiritually guided life, Conversation that Matters, Workshop Joanna Macy, experiência que transformou a sua forma de enxergar e de se relacionar com o mundo! Sonhadora, idealista, mestre Reiki, apaixonada pela vida e numa eterna busca pelo equilíbrio.

Conversas que importam

              Publicado em 16/12/2014

Neste mês li este artigo da profissional de comunicação, colunista da Eco Rede Social (e amiga) Regina Hostin, e na hora pensei em compartilhar.

Nos conhecemos durante nosso período sabático no Schumacher College (Inglaterra) e  descobrimos muitas coisas comuns em nossas carreiras e em nossos pontos de vista. A necessidade urgente de incrementar o diálogo dentro e fora das organizações é uma delas.


Conversas que importam

Por Regina Hostin 

Vivemos numa era em que a globalização e a internet deram ainda mais poder às pessoas. Também contribuíram para que a velocidade e a quantidade de informações aumentassem significativamente. O ex CEO do Google, Erick Schmidt, disse que, atualmente, a cada dois dias é criada uma quantidade de informação equivalente ao período que vai do início da história da humanidade até 2003. E a tendência é aumentar. Segundo previsão anunciada pela equipe do Google (2013), o mundo terá em 2020 cerca de 7 bilhões de pessoas conectadas à internet, muito mais que os 2,3 bilhões em 2012. Mais pessoas, mais informações. Apesar disso, ainda predomina no mundo real a tradicional queixa: “foi falta de comunicação”. Por que?

Primeiramente porque comunicação não se resume a simples sistema de transferência de informações. Depois, porque a enorme quantidade de informação torna mais difícil as escolhas sobre o que prestar atenção. E ainda, na mesma proporção que aumentaram o envio e as publicações, diminuíram as conversas e o diálogo, que podem aprofundar questões. Além disso, estamos mais distantes uns dos outros. Apesar das tecnologias aproximarem quem está longe, elas também contribuíram para afastar quem está perto. (Bem, a tecnologia não é a única responsável por estarmos tão separados uns dos outros). Neste cenário turbulento, onde as pessoas alegam com frequência que não têm tempo, conseguir captar a atenção de alguém e tornar algo compreensível, se tornaram valiosos.

Acredito que um dos grandes desafios para comunicadores e líderes de outras áreas é resgatar as conversas que realmente importam dentro e fora das organizações. A comunicação face a face estruturada, também chamada de comunicação direta, foi e continua sendo um importante passo nas empresas para reconectar a liderança com seus times. Mas é preciso ir além. Há várias metodologias e formas de reativar a conversa, de forma menos hierárquica e mais profunda. Um círculo com pessoas mais perguntas significativas nos dá a possibilidade de acessar a inteligência coletiva e fazer emergir soluções criativas para os desafios de hoje. O convite do mundo atual é para mudarmos a forma como nos comunicamos, ouvindo com atenção, falando com intenção, conseguindo engajar, encorajar e elevar o nível de compreensão. Segundo a escritora e presidente do The Berkana Insitute, Margaret Wheatley, a conversação está no coração do novo questionamento e talvez ela seja a principal capacidade humana para lidar com os tremendos desafios com que nos defrontamos. Sob este prisma, penso que criar espaços para conversas significativas na empresa, na comunidade e até mesmo na família pode unir mentes e corações e fazer emergir o novo. Pode nos tornar mais próximos, e isto apenas, já seria o suficiente.


Regina Hostin é profissional de comunicação e colunista da Eco Rede Social. Hoje ela atua como consultora, professora universitária e palestrante.


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