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COLUNAS


Rosana Dias


Jornalista formada pela PUC/SP, tem atuado como profissional em redação e na área de comunicação corporativa das empresas. Foi repórter na revista Exame e no jornal Folha de S.Paulo. Na área de comunicação corporativa, tem experiência profissional em empresas como Grupo Pão de Açúcar, Fiat Automóveis, TV Globo e Embraer.
Na área acadêmica, possui MBA Executivo em Administração pelo IBMEC/SP, MBA de Gestão de Negócios Internacionais e e-business pela FAAP, e uma pós-gradução em jornalismo na Thompson Rivers University, no Canadá.

PR e ponto

              Publicado em 11/05/2010

No Canadá, quem faz algum trabalho de relacionamento com a mídia ou algum outro público de interesse de uma companhia é chamado de Public Relations. PR e ponto. Logo que cheguei aqui para uma pós-graduação em jornalismo, tentava explicar que parte da minha carreira tinha sido como press assessor of corporate communications. Em vão. Vi que ninguém entendia, nem os professores na universidade ou os colegas de sala. Inclusive, um dos meus cursos na pós foi de Media and Public Relations.

Talvez a forma de definição seja diferente, mas o trabalho está muito próximo do que se faz no Brasil e, possivelmente, em muitos outros países no mundo. Os meios de difusão da informação, o foco em determinados grupos, o cuidado profissional dos dois lados (assessoria e mídia) como são também os instrumentos usados para isso. Press releases (aqui News Releases), coletivas de imprensa, tecnologia a favor da sistemas de envio de press release.

A experiência de uma pós em jornalismo em outro país é muito interessante pela reciclagem de conceitos e idéias e para ver o que de fato pode estar sendo chamado de vanguarda em termos de comunicação. Tanto em teoria, com as aulas, como na prática, com os alunos, pode-se notar uma nova geração tão familiarizada com o conteúdo como com a forma, o chamado layout, possível por meio de sistemas informatizados como o InDesign e o Photoshop.

É a geração do Blog, do Facebook, do Twitter. É a geração das mensagens curtas e da velocidade alucinante.

Ao ter de entrevistar e escrever em inglês, pude notar algumas diferenças neste relacionamento PR/jornalista quanto ao que vejo no Brasil. A principal delas é que os assessores e mesmo as fontes preferem o telefone, enquanto se imprimiu uma cultura de e-mail no Brasil.

Igual, porém, é a constatação que o trabalho de PR tem muito futuro. Arrisco-me a dizer no mundo todo. Há muitas empresas e políticos que ainda não sabem o que é comunicação ou o tipo de compromisso deles com a mídia. Um exemplo: por meio de um assistente, procurei pelo prefeito da cidade onde estou, sobre um assunto relevante para a comunidade: o crescimento da população de idosos, comprovado por estatísticas. Depois de muitas tentativas, recebi uma resposta dizendo que meu pedido fora encaminhado a ele, mas que não se sabia se ele iria responder ou não. Precisava falar com a maior associação de médicos do Canadá e a assessoria primeiro reclamou que tinha pedido muita informação e nunca me respondeu nenhuma delas. Mais uma prova que ainda tem muita gente precisando aprender o que é ser PR.


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