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COLUNAS


Rosana Dias


Jornalista formada pela PUC/SP, tem atuado como profissional em redação e na área de comunicação corporativa das empresas. Foi repórter na revista Exame e no jornal Folha de S.Paulo. Na área de comunicação corporativa, tem experiência profissional em empresas como Grupo Pão de Açúcar, Fiat Automóveis, TV Globo e Embraer.
Na área acadêmica, possui MBA Executivo em Administração pelo IBMEC/SP, MBA de Gestão de Negócios Internacionais e e-business pela FAAP, e uma pós-gradução em jornalismo na Thompson Rivers University, no Canadá.

Tiger Woods volta?

              Publicado em 08/03/2010

Ele sempre foi o discreto, competente e hoje rico jogador de um esporte de elite, o golfe. Sua imagem foi cuidadosamente construída para vender produtos de luxo, como relógios, empresas de investimento e equipamentos esportivos. A família era mais que perfeita.  Esposa linda e, literalmente, loura. Dois filhos. A máscara de Tiger Woods, porém, começou a cair em dezembro último. Um acidente de carro próximo de sua casa, na Florida, em novembro do ano passado, foi o primeiro de uma sequência de fatos desastrosos, incluindo a falta de habilidade de comunicação numa situação de crise.

Primeiro, ele, Woods, ignorou a polícia e a imprensa. Não prestou esclarecimentos às autoridades e nem deu bola para a mídia. O silêncio só fez a bola de neve crescer. A cada dia, novas versões surgiam sobre o caso, até que a primeira de muitas amantes começou a ter os seus 15 minutos de fama. As revistas norte-americanas de entretenimento deram inúmeras capas sobre o caso. Cada semana era uma nova entrevista de “fatos reveladores”, o valor do divórcio, seu futuro profissional.  
  
Depois, foram os patrocinadores que, um a um, começaram a colocar em “banho-maria” os seus contratos com o esportista. De acordo com um estudo da Universidade da California, o escândalo do golfista pode ter custado até 12 bilhões de dólares de perdas para os patrocinadores e seus acionistas. Na lista de apoiadores estão Gillette, NetJets, Nike e Tag Heuer, só para citar alguns.

Quando parecia que tinha chegado o fundo do poço, em fevereiro a revista Vanity Fair traz uma capa com Woods e fotos feitas antes do escandâlo pela respeitada fotógrafa Annie Leibovitz. O texto, ao invés de elogioso, traz detalhes quase sórdidos desta “outra face” do golfista. E o silêncio continuou até 19 de fevereiro, quando, pela primeira vez desde o início da crise, três meses antes, o esportista chamou a imprensa para um pronunciamento e não uma coletiva.

Neste encontro, Tiger Woods se desculpou, chorou e colocou, com humildade, a mão no coração. Afirmou também que não volta aos campos em 2010. Talvez sim, talvez não. No início de março, começou o primeiro sinal do coro chamando pela “volta”. Angel Cabrera, campeão do US Masters, já pediu a volta do jogador.  


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