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COLUNAS


Mauricio Felício
contato@feliciocomunicacao.com.br

Sócio Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão e treinamento em comunicação empresarial e Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, onde atualmente participa do programa de mestrado e é Professor conferencista para a graduação, com MBA em Gestão de Comunicação e Marketing pela mesma instituição (USP em parceria com a Florida University)."

 

Quem somos nós, comunicadores?

              Publicado em 28/01/2010

Entre tantos produtos e serviços, entre tantos clientes internos e externos, entre nossas vidas profissionais e pessoas, quem somos nós?

As respostas são muitas, mas creio que todas devam começar com a palavra “depende”.

Dependendo de onde estiver, será mais amigo do que colega. Em casa, mais marido do que gerente. No trabalho, mais coordenadora do que filha.

Todos nós somos diversos, somos múltiplos. Em cada campo, jogamos com novas regras.

Assim, o que fazemos quando somos mais chefes do que colaboradores? Que tal as palavras de Fernando Pessoa?

 “Que me é esse homem, salvo o obstáculo ocasional de ser dono das minhas horas, num tempo diurno da minha vida? Trata-me bem, fala-me com amabilidade, salvo nos momentos bruscos de preocupação desconhecida em que não fala bem a alguém.”¹

Enquanto as empresas compram horas, todos os outros elos da cadeia produtiva estão demandando capacidade, qualidade, comprometimento.

E então, qual o nosso papel nesta celeuma entre o crédito e o débito corporativo?

Quando somos mais comunicadores, temos que informar, transformar, fazer evoluir, conflitar e solver.

Somos elos, e ao mesmo tempo, somos a própria empresa, ao passo que encarnamos seus valores e objetivos. E encarnar significa trazer à carne. Assim, somos a humanização de sua estrutura.

Temos diversos papéis no grande espetáculo da vida social, e é justamente por isso que precisamos lembrar que somos o lastro humano das corporações.

Somos sua voz, e como voz, somos a palavra, o verbo, a compreensão. Por fim, somos música. Os acordes que reverberam entre as grandes orquestras e no cantarolar dos corredores.

Mas não basta sermos a voz, se não soubermos a canção.
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Nas empresas em que a comunicação corporativa ainda é exercida no âmbito tático, os comunicadores ficam a apitar e a soar a zabumba a esmo, sem maestro e sem partitura.

Já quando as corporações compreendem o verdadeiro valor estratégico da comunicação, bem como seu caráter vital, deixamos de gerenciar horas vendidas e passamos a reger bons músicos para conquistarmos os melhores resultados.



¹Pessoa, Fernando. Livro do Desassossego. P.48. 3ª reimpressão. Companhia de Bolso. 1997.


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 966

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