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COLUNAS


Izabella Ceccato


Idealizadora e fundadora da REDE DO BEM, um grupo de sites que fomenta e potencializa ações para transformar a realidade em que vivemos. O grupo é composto pelo Eco do Bem financiamento coletivo (www.ecodobem.com.br) e pelo portal Eco Rede Social, que inspira e divulga pessoas, iniciativas e pensamentos que estão fazendo diferente por um mundo melhor. Nos seus mais de 20 anos de carreira, trabalhou na área de comunicação em diversas empresas como: Instituto Votorantim, Grupo Votorantim, Rede Iguatemi de Shopping Center, J.W. Thompson, entre outras. Foi professora universitária por 10 anos. Publicitária, pós-graduada em Marketing. Em seis meses de imersão no Schumacher College/UK teve o privilégio de estudar: Ecoliteracy, the first principle of radical change, Live a spiritually guided life, Conversation that Matters, Workshop Joanna Macy, experiência que transformou a sua forma de enxergar e de se relacionar com o mundo! Sonhadora, idealista, mestre Reiki, apaixonada pela vida e numa eterna busca pelo equilíbrio.

O blog morreu. Viva o blog!

              Publicado em 21/12/2009

A explosão dos blogs aconteceu no começo dos anos 2000. Porém, o movimento de escrever em páginas pessoais é mais antigo do que pensamos. Alguns especialistas em tecnologia creditam o título de pioneiro da blogsfera a Tim Berners-Lee, que na segunda metade da década de 1990 criou o blog "What´s New?". O visual era bem diferente do que vemos hoje, mas o formato interativo já era uma premissa destes espaços virtuais. Surgia aí a ferramenta que iria iniciar a revolução digital.  A palavra de ordem agora é interatividade.

O surgimento do blog e depois das redes sociais mudou a forma de produzir e disseminar informação. A lógica se inverteu. O poder de criar conteúdo, que antes era exclusivo dos veículos de comunicação, foi democratizado. E o blog ocupou seu espaço como a prensa dos tempos modernos. Na web 2.0, o usuário escreve o que pensa, distribui conteúdo, opina e consome informação. O fluxo de comunicação não é mais de mão única.

O blog oferece uma incrível plataforma na qual as informações podem ser compartilhadas entre seus usuários em uma dinâmica até então desconhecida pelas ferramentas tradicionais de comunicação. A produção e atualização de conteúdo ganha agilidade e dinamismo, permitindo conectar pessoas, compartilhar conhecimento e exercitar a inovação. 

Como na comunicação corporativa a moda também dita regra, virou tendência criar blogs empresariais. As companhias passaram a criar blogs internos e externos para estabelecer processos mais interativos de comunicação. E deu certo. Muitas empresas conseguiram se aproximar de seus públicos estabelecendo canais mais abertos ao diálogo. As redes sociais têm esse poder. É uma grande oportunidade para ouvir seu interlocutor e interagir com usuários com alto potencial de disseminação de conteúdo. Essa é a graça e o desafio da web 2.0. Empresa alguma pode se dar ao luxo de ignorar esse movimento. O blog já ganhou status de estratégia de relacionamento nos planejamentos de comunicação de grandes corporações.

E mesmo com toda essa trajetória de sucesso, ainda tem gente que insiste em questionar até quando o blog sobrevive, especialmente depois do surgimento das ferramentas de microblog. Desde que o Twitter apareceu e revolucionou a forma de postar conteúdos na web, muitos analistas de plantão anunciaram o fim dos blogs. Mas será que nosso futuro se resume em 140 caracteres? Arrisco dizer que não. No mundo da web 2.0, as ferramentas não se sobrepõem, elas se completam.  No Twitter você tem seu primeiro ponto de contato com uma informação; no blog você aprofunda seu conhecimento e debate seus temas de interesse. Um complementa o outro.

Estamos vivendo a segunda onda da comunicação nas mídias digitais. As empresas estão aprendendo a se posicionar na web e a ouvir seus consumidores em um universo colaborativo. É um novo momento onde o consumidor, o cidadão, ganha força. E o blog, que foi o ponta-pé inicial deste movimento, lá no começo dos anos 2000, continua aí, firme e forte.

Certamente teremos mudanças pela frente, já que na web, assim como na natureza, tudo se reinventa o tempo todo. E o blog, que ajudou a revolucionar a comunicação, não pode ter seu fim decretado tão primariamente. O futuro nos reserva boas surpresas e esta ferramenta ainda deve protagonizar muitas mudanças na forma de ver e praticar a comunicação.

Ao blog, muitos anos de vida.
 


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