Comunicação Interna deve priorizar o relacionamento com funcionários durante a crise
Queda nas vendas, problemas na gestão da empresa, um acidente envolvendo impactos ambientais, uma campanha salarial que culmina com greve dos funcionários... são diversos os motivos que podem gerar uma crise dentro da empresa.
Como lidar com a crise? O que divulgar interna e externamente? Em quais momentos divulgar? Qual enfoque utilizar? Quais canais de comunicação são mais eficazes?
Antes de responder a todas essas questões, é necessário ter em mente a seguinte premissa: a preocupação com os funcionários, com aqueles que constroem a empresa e são responsáveis por seus resultados. Afinal, quem irá trabalhar para superar a crise? E, nesse momento, a Comunicação Interna é decisiva.
É comum no meio corporativo nos depararmos com queixas dos funcionários sobre a demora na divulgação das informações por parte da empresa. É extremamente prejudicial para a ambiência que os empregados fiquem sabendo da situação pela mídia, antes da divulgação oficial pelos canais corporativos.
Todos sabemos que é necessário “correr contra o tempo” na comunicação da crise para evitar a desinformação e insatisfação dos funcionários. Divulgar mensagens claras, objetivas e rápidas faz com que a empresa se aproxime dos funcionários, demonstrando transparência e, principalmente, deixando claro o quanto seu público interno é importante.
Se os funcionários estão cientes do problema e das providências que estão sendo tomadas pela empresa, mais facilmente eles se sentirão engajados e dispostos a trabalhar para reduzir as perdas e superar a crise.
A Comunicação Interna pode dispor das ferramentas que já possui: redes sociais, mensagens de SMS para os funcionários, notas na intranet, edições extras de newsletters, lembrando de levar em consideração questões como a relevância da informação, o horário de expediente e o alcance da mídia a ser escolhida.
Outro fator a ser analisado cuidadosamente pela Comunicação Interna é a seleção de pautas que serão divulgadas durante o período de turbulência. As matérias ligadas à crise devem ser divulgadas sim, mas sem que os empregados se sintam “massacrados” pela quantidade de notícias ou que o sentimento de pessimismo tome conta do ambiente de trabalho. Encontrar a dose certa é papel do profissional de comunicação ou da agência de CI contratada.
As empresas que têm um plano de comunicação de crise estruturado conseguem enfrentá-la mais facilmente, mas ainda assim a dinâmica dos fatos e das repercussões muitas vezes supera o planejamento. Por isso, ter profissionais com experiência e vivência direta em Comunicação Interna faz toda diferença!
É claro que clientes, fornecedores, comunidade, enfim, todos os stakeholders também devem ser comunicados sobre a crise. Mas a prioridade da Comunicação Interna deve ser a força de trabalho. Um público interno informado e consciente está mais preparado para alcançar as metas da empresa e para ser disseminador de informações positivas, mesmo durante a crise.
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