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Marlene Marchiori


Concluiu o pós-doutorado em Comunicação Organizacional na Brian Lamb School of Communication, da Purdue University, nos Estados Unidos. Doutora pela Universidade de São Paulo (USP), com estudos desenvolvidos no Theory, Culture and Society Centre da Notthingham Trent University, no Reino Unido. Graduada em Administração e em Comunicação Social – Relações Públicas, Marlene é pesquisadora líder do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) nos grupos de estudos Cultura e Comunicação Organizacional (Gefacescom) e Comunicação Organizacional e Relações Públicas: perspectivas teóricas e práticas no campo estratégico (Gecorp). Professora sênior da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Autora do livro Cultura e comunicação organizacional: um olhar estratégico sobre a organização, e organizadora das obras Comunicação e Organização: reflexões, processos e práticas; Redes sociais, comunicação, organizações; Comunicação, discurso, organizações; e da Coleção Faces da cultura e da comunicação organizacional.

Interações nos contextos organizacionais

              Publicado em 06/11/2013

 Por Marlene Marchiori e Débora Ninin

 
 
Com a sociedade em constante mudança, evidenciam-se mudanças, também, na forma de compreender as organizações. Organizações são “organismos vivos” (MORGAN, 1996), o que significa interpretá-las em uma dimensão social que envolve interlocutores que constroem significados coletivamente por meio das conversações. Esses contextos contemporâneos são fomentadores dos processos interacionais. São relacionamentos intensos entre os diferentes sujeitos. São também diálogos que ampliam a capacidade de conhecimento das organizações e que geram mudanças.
 
A interação nas organizações ocorre de maneira complexa, espontânea e motivada por inspirações individuais (OLIVEIRA; PAULA, 2010). Pessoas em interação influenciam-se mutuamente e aprendem a construir contextos sócio-históricos de forma coletiva.  Esse olhar permite compreender organizações como realidades interacionais que se instituem nas dinâmicas que ocorrem entre os sujeitos, emergindo contextos com sentido. Assim, os processos são instaurados e reinstaurados nas conversações que acontecem naturalmente nesses ambientes. Essa abordagem interacional certamente modifica a visão das organizações as quais saem da posição de enunciadoras.  
 
Evidencia-se, portanto, que processos interacionais são mais que um elemento das organizações (MARCHIORI; CONTANI, 2012). São eles construtores de relações e produtores de sentido nesses contextos. Pode-se afirmar que as organizações “emergem da comunicação” (TAYLOR; CASALI, 2010), sendo comunicação compreendida como atos de interação (VAREY, 2006 apud MARCHIORI, 2010). Dessa forma, a interação é condição necessária para a existência organizacional (COOREN, 2006) e pode ser compreendida como o espaço que amplia os movimentos organizacionais e o equilíbrio nas relações com diferentes stakeholders, pois seus interlocutores, ao interagirem, ao compreenderem o valor do diálogo, adotam essa postura como estratégia em todos os relacionamentos.
 
______________________
 
Marlene Marchiori, pesquisadora líder e Débora Ninin, iniciação científica do GEFACESCOM.
 
Referências 
OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; PAULA, Maria Aparecida de. Interações no ambiente interno das organizações: implicações da complexidade. In: MARCHIORI, Marlene (Org.) Comunicação e organização: reflexões, processos e práticas. São Caetano do Sul: Difusão, 2010.
MARCHIORI, Marlene (Org.). Comunicação e Organização: Reflexões, Processos e Práticas. São Caetano: Difusão Editora, 2010.
MARCHIORI, Marlene; CONTANI, Miguel. Abrangência e Limites de Interação e Relacionamento entre Participantes de uma Organização Não-Governamental.ABRAPCORP, 2012.
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996TAYLOR, J.; CASALI, A. Comunicação: o olhar da “Escola de Montreal” sobre o fenômeno organizacional. In: 
MARCHIORI, M. (Org.). Comunicação e Organização: reflexões, processos e práticas. São Caetano do Sul: Difusão Editora.

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