Nesta semana, eu estava buscando o significado da palavra “pessoa” e, num site de filosofia editado em Portugal*, li que, etimologicamente, “pessoa” deriva-se da palavra latina “persona”, que se faz derivar da expressão “per se uma”, que significa “um por si”. Somos únicos como pessoa, assim como são únicas – em personalidade, cultura, filosofia – as empresas que estão à nossa volta.

E as empresas, apesar de muitas vezes não as vermos como “pessoa”, precisam ser enxergadas como tal, precisam de alguém que mergulhe em suas causas, filosofias e sentimentos e consiga extrair daí o melhor delas, o que as faz realmente ímpares diante de todas as outras. Sim! Porque um produto ou serviço pode ser commodity, mas estou certa de que a empresa que o faz (especialmente se o faz com sucesso) tem um quê diferencial, algo realmente que a faz viva e que pode posicioná-la de forma estratégica.

Descobrir esse diferencial, esse DNA único, é um desafio que pode ser trazido à tona por agências e profissionais de comunicação e marketing. Cabe aos executivos fazer a contratação certa desse profissional. Esqueça os profissionais criativos. Não é esse o principal atributo aqui. O ponto-chave não é criatividade, e sim coragem: quem realmente tem a coragem (e quer dedicar tempo) para conhecer o próprio negócio e para arranjar estratégias, ferramentas e ações de forma personalizada? Não é uma questão de criatividade, mas de curiosidade e inconformismo para ir a fundo, entender o DNA da empresa, definir um mapa mental, descobrir os pontos positivos e negativos e, só então, usar a criatividade, que é meio, e não princípio, e que certamente leva a um projeto final incrível e assertivo.

Isso é fazer uma estratégia de comunicação eficiente. Nada da filosofia Crt + C, Crt + V. Ok. Concordo que as ações realizadas por outros players são inspiradoras, mas o que funciona para a empresa A com louvor pode não ser ideal para a empresa B. Lembre: a empresa é um ser único. Hoje, se alguém faz uma ação com hashtag no Facebook, todo mundo faz igual, copiando. Depois, uma empresa reclama que, com ela, a ação não funcionou tão bem. Por que será? Será que foi avaliado, pelo menos, se o público-alvo usa internet compartilhando hashtags e imagens próprias? Estamos na era da informação, na qual tudo está à mão, mas copiar e colar ideias geniais cegamente não trarão um resultado tão genial assim.

Se a sua agência ou o seu time de comunicação entende que a sua empresa é única como uma pessoa ou um ser vivo, parabéns! Independentemente de produzir commodities ou algo inovador, certamente você estará no top of mind de seus clientes e alcançará os resultados pretendidos com as estratégias de comunicação que são sua cara! Nossos públicos veem isso, pode ter certeza! E valorizam uma marca que sabe quem ela é.

(*) Extraído de http://filosofia.galrinho.com/ai_pessoa_etimologia.pdf