Essência para diferenciar-se em tempos de crise
E 2015 começou com os especialistas prevendo um ano difícil economicamente. Por onde se anda, o pessimismo pegou tanto, que as pessoas só conseguem afirmar que a crise chegou e que ninguém tem dinheiro para gastar ou investir. Realmente. Vender por vender será cada vez mais difícil. Não por causa de um cenário econômico, mas simplesmente porque o consumidor mudou. Seja o consumidor final ou o corporativo. Mudou porque ele quer investir seu rico dinheirinho em quem ele considera que mereça receber o resultado do suor de seu trabalho.
Tanto quanto trazer resultados efetivos, o consumidor quer ter ao seu lado empresas que ele considera que valorizam sua presença e seu status de cliente. Diante disso, a verdadeira moeda neste 2015 será o relacionamento estratégico. Sim. Saber se relacionar fará toda a diferença para marcas e pessoas. Criar narrativas que gerem vínculo com o consumidor o fará comprar, recomprar e fidelizar.
Mas é importante dizer que o Relacionamento deve estar ligado a essência da empresa. Não é ferramenta. Não é network, lobby ou puxa-saquismo. É essência da alma da marca que não pode estar ligada a um departamento de Comunicação e Marketing e, sim, correndo na veia de todos da corporação, do porteiro ao presidente. Quem tiver a essência e um time com o pózinho do pirlimpimpim, vai garantir a fidelidade de seus atuais clientes e, certamente, captar mais, já que a conta do relacionamento estratégico aumenta de forma exponencial.
A pergunta é: quando você realmente se relacionou com seus clientes? Não estou falando de brinde de fim de ano (aqueles que todos fazem igual) e nem de cartão de Natal. Mas de quando você surpreendeu o cliente com algo que ele não esperava e o fez se sentir seu devedor, como se tivesse levado algo sem pagar?
Enquanto muitos de nós brasileiros sentamos no banquinho para reclamar da vida, do governo e dos juros, os exemplos de sucesso pipocam aqui e lá fora. A sueca Ikea, especializada na venda de móveis domésticos de baixo custo, criou um jeito divertido de se (re)aproximar de seus consumidores, ao criar uma campanha satirizando o iBook. Depois de assistir ao vídeo e se identificar em todos os takes (olha o relacionamento aí), você fica louco para ter o Book-Book da Ikea, que nada mais é que seu livro de ofertas.
Já aqui no Brasil, pais fazem fila para pagar R$ 120,00 para seus filhos passarem cinco horas inesquecíveis no parque temático Kidzânia, que surpreende em todos os pontos de contato. Tanto que quando chega a hora de ir embora, fica-se com a sensação de que aquelas cinco horas valeram muito mais do que os R$ 220,00 (dois adultos e uma criança) que você pagou para entrar e, no meu caso, os mais de R$ 200,00 gastos entre lanches e souvenirs. A Kidzânia nada mais é que um lugar onde se brinca do que a criança quer ser quando crescer: médico, professor, modelo, bombeiro, policial. Você deve estar se perguntando: o que há de novo nisso? Num caderno de ofertas e num lugar pra brincar de profissões? Meu caro leitor, a resposta é simples: é o óbvio reinventado. Ou melhor, o óbvio realizado. Relacionamento é isso. Fazer o óbvio, voltar as raízes que nos tornam seres humanos, cheios de sentimentos e alma pulsante. Isso envolve e conquista. E faz o cliente comprar. E voltar.
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