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COLUNAS


André Boavista


Especialista em Publicidade pela USP/SP, Pós-Graduado em Marketing pela RUY/BA e Bacharel em Administração pela FTE/BA. 

Atua nas áreas de Comunicação, Marketing e Tecnologia. Escreve profissionalmente (gerencia e cria conteúdo) e em blogs de nicho.

@andreboavista

 

Eleições, infowar e militância virtual

              Publicado em 26/11/2014

Um dos aspectos mais notáveis da campanha eleitoral que o Brasil vivenciou recentemente foi a guerra de informações e contrainformações que se estabeleceu no ambiente virtual.

Milhares de posts, twitters, vídeos, cartazes, imagens, mashups, sms e whatsapps eram publicados e enviados diariamente pelas organizações tradicionais como os partidos e comitês dos candidatos e principalmente pela militância virtual dos dois lados, que não apenas lutaram para publicar e republicar milhões de informações favoráveis aos seus candidatos ou depreciativas dos candidatos concorrentes, como também se engalfinharam em verdadeiros duelos através de posts nas redes sociais.

Nenhum comunicador pode ficar alheio ao que se passou nessa última eleição. O ambiente virtual e as tecnologias de comunicação tornaram-se decisivos para propagação das campanhas, para disseminação de notícias verdadeiras, para esclarecimento de notícias falsas e para atos visando a desconstrução da reputação dos candidatos.

A rede deve ser compreendida como o espaço no qual atuam simultaneamente a propaganda oficial, a militância organizada, a militância desorganizada e a guerrilha virtual, com ou sem apoio institucional. E como a rede representa a mais livre expressão do pensamento – seja verdadeiro ou falso – a grande batalha que deve ser enfrentada pelos comunicadores, a que garantirá os resultados na guerra de informações, é a cultural, pois uma vez direcionado – ou influenciado – o pensamento da militância, essa irá repercutir e propagar sem sequer questionar, a linha mestra adotada pela corrente ideológica com a qual se identifica.

A rede é um espaço com leis, mas também para os que atuam sem importar com leis – sim, muitos agem de maneira desonesta na rede, como vimos nos processos de desconstrução de reputações – aceitar essa constatação pode ser errado e até perigoso, mas é o que aconteceu nas últimas eleições e o que provavelmente continuará a acontecer.

Infelizmente, a maioria da militância virtual brasileira é direcionada, seja porque seus agentes foram cooptados em antigas lidas culturais ou porque refletem a má qualidade do ensino no Brasil e desacostumados à leitura e à interpretação, não pensam muito sobre o que escrevem ou republicam.

A verdade nua e crua com a qual os comunicadores precisam interagir é que para a maioria da militância virtual ativa, não interessa se o que está compartilhando é legítimo ou trata-se de desinformação, importa apenas que seja favorável ou não ao seu candidato.

Textos curtos são notoriamente mais lidos e aceitos nos tempos atuais. Por essa razão encerrarei sem aprofundar o tema e sem citar os pensadores e filósofos que referenciaram esta minha análise – até porque para a maior parte da militância virtual isso não importa.

Sinistro!


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