Convergências
Gosto muito de sair, de tempos em tempos, com colegas de áreas diferentes do escritório para almoçar. Sempre me impressiona o que aprendo ou as conexões que faço quando deixo minha mente vagar silenciosamente sobre os comentários feitos na companhia alegre de colegas. Tenho a sorte de trabalhar em um grande grupo, o que multiplica meus “professores” ocasionais.
Um de meus últimos encontros foi um almoço que tive com o pessoal que dirige a agência digital do grupo, a Digitale. E nosso assunto foi convergência – entre o PR tradicional e as possibilidades que se apresentam com as mídias digitais. Não como dois mundos separados e antagônicos: os analógicos e os digitais, mas sim, como uma nova postura, adotada e orientada já no início do processo, com a consciência de que fazemos comunicação que harmoniza mensagens-chave e interesses dos stakeholders para o incremento dos negócios dos clientes.
RP e Mídias convergentes
A evolução histórica das técnicas, tecnologias e interesses dos stakeholders não se deu de forma concomitante. Talvez, venha daí a dificuldade que temos em trabalhar de forma convergente, lançando mão das diferentes técnicas, tecnologias e mídias atuais. No entanto, a consciência da necessidade de trabalhar de forma sistêmica começa a ganhar corpo e tornar-se dominante. Trata-se de uma postura absolutamente necessária para se alcançar uma maior eficiência comunicacional, mercadológica e reputacional. O cliente é único e sua unicidade na comunicação – que denomino integração sistêmica, não pode ser esfacelada por conta de disputas setoriais ou de geração.
Investimentos convergentes
Do ponto de vista dos investimentos, o cenário se repete. Durante muito tempo, os gestores encomendavam às suas agências (de comunicação ou pesquisa), diagnósticos, planos e ações que eram elaborados de forma absoluta a partir de cada encomenda. Havia dispersão de energia, foco e... dinheiro. Os recursos financeiros, hoje, estão escassos, assim como o tempo, em um ano totalmente abreviado pela Copa do Mundo. Não é mais possível render-se a diferenças internas que possam existir nas empresas. A hora é de ultrapassar barreiras em nome do que une os gestores – a eficiência e qualidade de sua marca e trabalhar com os parceiros que prestam os serviços de comunicação, marketing e pesquisa de forma integrada. Convergência de investimentos gera convergência de objetivos!
Comunicação e Marketing convergentes
O que o mercado de consultoria e comunicação tem com isso? Hoje, parece que pouco, mas pode ter tudo a ver e tornar-se o protagonista de uma mudança memorável. A barreira estabelecida há tempos entre o marketing e a comunicação, estabelecida lá atrás, acabou não somente por dividir verbas, mas por gerar uma falsa impressão: as duas disciplinas trabalhariam sobre mundos diferentes! Está na hora de ultrapassar o corporativismo e assumir que estamos todos em um mesmo mundo, e que usamos, somente, diferentes lentes – a do marketing e a da comunicação - para observá-lo, compreendê-lo e sobre ele agir. Da ótica do marketing, observamos e segmentamos consumidores. Da ótica da comunicação, stakeholders.
É claro, objetivo e convergente. Falta, somente, começar a praticar, Vamos?
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2000
Outras colunas de Cristina Panella
17/01/2016 - Por mais qualidade e menor custo: o recurso à automatização em Pesquisas
17/12/2015 - Eficácia, provas e resultados
27/10/2015 - Quando as causas ultrapassam nosso raio de ação
12/10/2015 - Quando você olhou pela última vez o site de sua empresa?
15/09/2015 - Otimismo, não. Enfrentar a realidade, sim.
O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996
Sobre a Aberje |
Cursos |
Eventos |
Comitês |
Prêmio |
Associe-se |
Diretoria |
Fale conosco
Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090