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COLUNAS


Ignacio García
ignacio@treeintelligence.com

Antropólogo Sociocultural pela Universidade de Buenos Aires e Especialista em Inteligência de Redes, Netnografia e Cultura Organizacional.  Palestrante internacional e membro fundador da Orion Community (Grupo de especialistas em Business Network Analysis), sediada em Budapeste, e coordenador da RCI (Redes Colaborativas da Inovação) do Fórum de Inovação da FGV. 

Sócio fundador da Tree Intelligence, consultoria pioneira na aplicação da Ciência das Redes aos negócios na América Latina.

Identificando os multiplicadores de sua organização

              Publicado em 17/07/2014

A existência de redes informais em qualquer empresa é inegável. Elas se formam nos laços de empatia e de confiança estabelecidos entre colegas e se fortalecem nos fluxos por onde circulam informações relevantes aos resultados conquistados ao final de um projeto de trabalho. Destas redes surgem líderes, igualmente informais, que alcançam esse patamar unicamente pela empatia que despertam entre os colegas, pelo espírito de cooperação que norteia sua postura tanto profissional quanto pessoal. Líderes informais não aparecem em qualquer organograma; no entanto, é por intermédio dele que podem surgir as ideias mais inovadoras.

Em momentos críticos das organizações – como em processos de fusão, trocas de gestão, ajustes no quadro de colaboradores, reposicionamento no mercado, por exemplo –, quando empresas passam por um alto estresse cultural, a intervenção desses líderes informais é fundamental para amenizar os ruídos e fazer prosperar um clima organizacional mais produtivo.

Em qualquer situação delicada que diga respeito ao futuro breve da empresa, a incerteza se instaura nos corredores. Paralisados pela insegurança de tudo o que é “novo”, os colaboradores tendem a buscar seus grupos de confiança para interagir e encontrar algum conforto com o máximo de informação. A tendência natural do ser humano é preservar os relacionamentos das redes informais preexistentes.

“Nosso comportamento é muito ancestral nesse sentido. Por mais que se constituam novas redes, é normal que persistam redes informais anteriores”, alerta o antropólogo organizacional, netnógrafo e especialista em análise de redes complexas.

Desde os tempos em que o homem se tornou sapiens-sapiens, as relações se estabelecem por meio de vínculos de confiança. Quando um novo grupo de trabalho se cria, o período para que se estabeleçam novos laços de confiança pode ser longo. Buscando acelerar as mudanças e tornar a assimilação de uma nova estrutura realmente efetiva, o mapeamento visual das redes informais identifica uma figura-chave da antropologia organizacional: o multiplicador.

Os multiplicadores são aqueles que ocupam posições estratégicas em suas respectivas redes informais. São pessoas cooperativas, energizadoras, inovadoras e estão sempre focadas na integração, no intercâmbio cultural benéfico e enriquecedor a todo o grupo.

 

 

Como identificar os multiplicadores?

Através do mapeamento de relações entre colaboradores de uma empresa, os multiplicadores aparecem, em geral, no centro de uma rede, rodeados por inúmeras conexões. Não se trata de uma sequência hierárquica de valores cultivados entre colegas ou líderes de equipes. O que as redes de cooperação identificam num trabalho de diagnóstico é justamente uma rede informal por onde a comunicação flui nem sempre de acordo com o fluxo formal de um organograma.

Os sujeitos que estão mais dispostos a cooperar nem sempre estão no topo dos organogramas formais. Como líderes informais, desempenharão papel-chave na integração cultural entre novas equipes.


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 1762

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