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COLUNAS


Rosana Dias


Jornalista formada pela PUC/SP, tem atuado como profissional em redação e na área de comunicação corporativa das empresas. Foi repórter na revista Exame e no jornal Folha de S.Paulo. Na área de comunicação corporativa, tem experiência profissional em empresas como Grupo Pão de Açúcar, Fiat Automóveis, TV Globo e Embraer.
Na área acadêmica, possui MBA Executivo em Administração pelo IBMEC/SP, MBA de Gestão de Negócios Internacionais e e-business pela FAAP, e uma pós-gradução em jornalismo na Thompson Rivers University, no Canadá.

Pós-interatividade: a um passo da quarta era das Relações Públicas?

              Publicado em 09/10/2013
Já há algum tempo um consenso entre os profissionais de RP que, pensando em uma linha de tempo bastante ampliada, estamos em uma espécie de terceira era da profissão, desde quando o jornalista nova-iorquino Ivy Lee deixou a redação para montar o primeiro escritório de relações públicas do mundo, com o objetivo de recuperar a imagem pública de John D. Rockfeller. 
 
Era um tempo em que, enquanto a fábrica pegava fogo do lado de dentro, o RP estava do lado de fora dizendo que estava tudo bem – ou que pelo menos ia ficar tudo bem. Tempos do que chamávamos de RP reativo – dada a crise, era preciso que alguém viesse a público para deixar as partes interessadas apaziguadas. 
 
O tempo passou e a experiência mostrou não apenas para os profissionais, mas para seus clientes da indústria, do mundo corporativo e dos governos, que era necessário se antecipar. Antecipar-se significava ter consciência e mapear os riscos. Entender qual o impacto de cada um deles sobre a organização, seus negócios e missão, e qual a possibilidade de ocorrer. Conscientizar os agentes internos sobre esses riscos e tê-los prontos para agir no momento certo. Mais importante que tudo, dirimir o sentimento na organização de que “conosco nunca acontecerá”. 
 
Esse novo pensamento trouxe o que poderíamos chamar de RP proativo. Além de métodos de prevenção de crise, significou o desenvolvimento do planejamento estratégico, das ações de agenda positiva e de engajamento. Da manutenção do relacionamento perene e estável com a imprensa e com formadores de opinião. Sobretudo, da transparência e da coesão com a governança corporativa. 
 
Até que vieram os anos 2000, a internet, e logo em seguida as redes sociais. A conectividade e a velocidade da comunicação fizeram abrir todos os poros das organizações. Nada mais está a portas fechadas, tudo passível do conhecimento e do escrutínio público – dentro e fora da instituição. Se na era do RP proativo a transparência era importante, no novo contexto se torna condição sine qua non.  E passamos da proatividade para a era do RP Interativo
 

A adaptação ao mundo do RP Interativo foi intensa. Mas parece ter chegado a um amadurecimento. Profissionais e agências de RP lidam com a questão da influência digital e do conteúdo com a mesma naturalidade com que lidavam com seus planos de relacionamento com stakeholders e imprensa. Mas não há de se concluir com isso que novos desafios deixarão de aparecer em breve. Há de se indagar qual a influência da comunicação - Twitter, do mundo do videogame, das gerações Y e Z chegando ao mercado consumidor, ao exercício da cidadania, aos postos de trabalho e à própria atividade de RP. Estamos a um passo da quarta era das Relações Públicas? 


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