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COLUNAS


Marlene Marchiori


Concluiu o pós-doutorado em Comunicação Organizacional na Brian Lamb School of Communication, da Purdue University, nos Estados Unidos. Doutora pela Universidade de São Paulo (USP), com estudos desenvolvidos no Theory, Culture and Society Centre da Notthingham Trent University, no Reino Unido. Graduada em Administração e em Comunicação Social – Relações Públicas, Marlene é pesquisadora líder do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) nos grupos de estudos Cultura e Comunicação Organizacional (Gefacescom) e Comunicação Organizacional e Relações Públicas: perspectivas teóricas e práticas no campo estratégico (Gecorp). Professora sênior da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Autora do livro Cultura e comunicação organizacional: um olhar estratégico sobre a organização, e organizadora das obras Comunicação e Organização: reflexões, processos e práticas; Redes sociais, comunicação, organizações; Comunicação, discurso, organizações; e da Coleção Faces da cultura e da comunicação organizacional.

Para pensarmos a sustentabilidade

              Publicado em 27/09/2013
Por Marlene Marchiori e Larissa Sena*
 
A sustentabilidade é um conceito que pode ser utilizado pelas empresas como um diferencial competitivo no mercado. O entendimento a seu respeito, no entanto, geralmente é negligenciado. Para Ignacy Sachs (1993), são cinco dimensões a serem consideradas: social, econômica, ecológica, espacial e cultural. Por isso uma organização que se diz sustentável deve levar em conta valores relacionados à coletividade, à melhoria de condições econômicas, sociais e ambientais e ao respeito a diferentes culturas.
 
Organizações são pessoas (TAYLOR; CASALI, 2010). Quando dizemos que uma organização cultiva esses ou aqueles valores, estamos nos referindo aos indivíduos que fazem parte da organização; estamos dizendo que são eles quem cultivam tais valores. A diferença entre o discurso e as práticas organizacionais provém da falta de compreensão dos funcionários acerca do conceito de sustentabilidade (CLARO; CLARO; AMÂNCIO, 2008). Por isso, quando os funcionários praticam ações consideradas sustentáveis apenas porque estão cumprindo ordens superiores, isso não é sustentabilidade, são ações isoladas.
 
A assimilação dos valores sustentáveis pelos membros de uma organização pode ser um processo de aprendizagem, visto que as interações entre os sujeitos promovem a troca de conhecimentos e experiências (COOREN, 2006). Considerando o potencial educativo da comunicação, é possível trazer para o ambiente organizacional reflexões importantes para a autocrítica individual e coletiva. Todos precisamos entender as vantagens que tais valores trazem para as nossas vidas. 
 
Assim, a sustentabilidade leva à humanização das organizações, pois implica na reflexão acerca de nossas práticas cotidianas. Pensar todas as dimensões propostas por Sachs (1993) e relacioná-las às nossas vidas significa considerar o outro e considerar a si mesmo na perspectiva do outro, a fim de compreendê-lo. Entender como somos vistos pelos outros nos leva a repensar nossas atitudes e o modo como conduzimos nossas relações com as pessoas no dia-a-dia.
 
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*Larissa Sena - Iniciação Científica do GEFACESCOM.

Referências
CLARO, P. B. de O.; CLARO, D. P.; AMÂNCIO, R. Entendendo o conceito de sustentabilidade nas organizações. Revista de Administração, v.43, n.4, p.289-300, out./nov./dez. 2008.
COOREN, F. Arguments for the In-Depth Study of Organizational Interactions: A Rejoinder to McPhee, Myers, and Trethewey. Management Communication Quarterly, v.19, n.3, p.327-340, fev. 2006.
SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, Marcelo. Para Pensar o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 29 – 56.
TAYLOR, J.; CASALI, A. Comunicação: o olhar da “Escola de Montreal” sobre o fenômeno organizacional. In: MARCHIORI, M.(Org.). Comunicação e Organização: reflexões, processos e práticas. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2010.

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