A comunicação organizacional é um movimento permanente, uma dinâmica que ultrapassa os limites da simples produção de veículos: dos informativos entregues, das revistas e seus anúncios publicados, dos releases disparados e das apresentações institucionais em Power Point. Se é organizacional é relativa a um organismo, um ser vivo. Portanto, a comunicação não tem controle.
Como tudo comunica, ela está acontecendo agora naquele telefonema entre um consumidor e o SAC da empresa; entre o vigilante do terreno da futura fábrica e os moradores vizinhos; entre o empregado terceirizado e que não fez concurso para trabalhar naquela estatal e seu companheiro de baia - que é concursado. Entre a área de suprimentos e o fornecedor de parafusos durante uma negociação estressante e no próprio visual da recepção da empresa além, é claro, de acontecer também nos veículos de comunicação estruturados para dentro e para fora da organização.
Tudo isso, num círculo, numa espiral sem fim e sem limites. Um universo ainda mais potencializado pelas redes sociais que se multiplicam na web. Que distribuem boas ou más percepções através de opiniões variadas, que acabam influenciando a reputação de uma marca, de um negócio, de uma liderança.
Neste cenário vibrante, pensar a comunicação integrada para melhorar a qualidade das relações entre esses públicos envolvidos e tentar reduzir ruídos em todos estes contatos, influenciando a roda gigantesca dessa conversa é uma questão estratégica e fundamental. Os negócios sejam eles de qualquer segmento de mercado, do setor público ou privado, dependem cada vez mais da comunicação para agregar valor ao que produzem, vendem, representam. E esta deve ser uma preocupação que não pode ser responsabilidade somente da equipe de comunicadores.
Para uma comunicação integrada acontecer de fato, a estratégia deve considerar a sintonia com cada público interlocutor. Porque não adianta uma linguagem apenas tentando impor o seu discurso, o seu tom de voz e a sua mensagem. Comunicação organizacional tem que ter uma abordagem múltipla, mas integrada em seus movimentos, com objetivos que reforcem as relações através da prática de valores e de respeito mútuo.
Como numa orquestra, onde o som de cada instrumento depende do talento do músico, pensar e trabalhar a comunicação integrada numa empresa e nos seus relacionamentos multistakeholders é buscar a harmonia com o conjunto. Saber ajustar a sintonia do diálogo corporativo para cada faixa de audiência, de cada stakeholder de maneira personalizada. Numa longa e prazerosa conversa que permita a descoberta de novos significados e perspectivas comuns e que reforce a confiança mútua.