Ego, inveja e comunicação
Comunicação mexe com os egos. Mexe com as vaidades. Dentro das organizações, das empresas e instituições governamentais a inveja, por exemplo, é um sentimento avassalador. O sucesso de uns irrita profundamente os outros. O mérito de uns, bem como sua competência, abala emocionalmente os invejosos. A inveja existe e faz vítimas. Deixa no ar aqueles comentários que denigrem os outros, geralmente pelas costas. Sabemos muito bem falar mal e apontar aquilo tudo que está errado. Mas poucas vezes temos processos que parabenizem o trabalho bem feito, reconheçam o gasto de tempo, energia e os bons resultados alcançados.
Na luta por aparecer bem na foto, com aquele diretor ou mesmo com o presidente, sempre tem gente que perde a cabeça e só pensa em si, esquecendo que faz parte de uma organização. De um conjunto, de um time. Isso é verdade. Mas a inveja é um sentimento infernal, pois muitas vezes não faz o ofendido correr atrás do seu prejuízo e mostrar mais competência. Não, é mais fácil maldizer o vizinho da baia, o outro gerente, o gestor promovido. Não tem jeito, isso é humano.
O pior dos mundos, entretanto, é quando esse sentimento ou esse conjunto de sentimentos transforma o dia a dia da organização num baile de máscaras e numa disputa velada de poder. Hipocrisia para todos os cantos. Sarcasmo em cada entrega bem-sucedida (dos outros, é claro).
Como a comunicação interna pode ajudar nisso? Difícil. Depende de cada pessoa e as pessoas não têm manual do tipo: troque essa pecinha que a máquina vai funcionar sem erros. Nada disso. Pessoas tem emoções e a inveja é um sentimento que tanto pode ser uma alavanca para melhorar o desempenho como pode ser um veneno. Faz parte do bicho homem. É natural.
Mesmo assim, um bom comunicador pode sugerir alguns remédios para tentar dissolver essa peçonha chamada inveja: reuniões de integração de equipes fora do espaço de trabalho; workshops e dinâmicas de feedback com consultores externos e preparados para situações de tensão, terapia empresarial – colocando lideranças para falarem sobre o sentir (esse é bem ousado, confesso). Dentre todas, principalmente uma ação: nunca ser o veículo que estimule comentários maledicentes dentro da empresa. Se é para falar, fale com a pessoa e não da pessoa é um lema antigo e conhecido. Resta ser cumprido à risca.
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