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COLUNAS


Denise Monteiro
denisemonteiro4@hotmail.com

Gestora de negócios na área de Comunicação Empresarial, ministra palestras, cursos e treinamentos na área de comunicação. Atuou em organizações como Grupo Ogilvy, Rede Globo de Televisão, Unilever e Tetra Pak. Foi diretora da D+D Eventos. Foi coordenadora de pós graduação na FAAP; e professora na graduação, pós-graduação e MBA na FAAP e Anhembi Morumbi.
Graduada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Pós-graduada em: Comunicação Empresarial e Gestão de Serviços pela ESPM e no Máster em Tecnologia Educacional pela FAAP. Mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing.

O que é a "minha verdade"? Existe mais de uma?

              Publicado em 30/08/2010

Outro dia me peguei usando a expressão “minha verdade” e, logo após o ato, percebendo a contaminação, questionei-me sobre o significado. Se existe “minha verdade” é porque existe também a verdade de um outro sujeito, certo? Mas a verdade não é uma só? Ou pelo menos não deveria ser à luz da justiça? Como ficaria a justiça com várias verdades?

Refleti sobre os modismos das expressões. Vez ou outra surge alguma que pega. Seja ou não correta, como no caso da crise do gerúndio oriundo do telemarketing que de tão forte, ficou soberano entre o certo e o errado. Outra curiosa é “correr atrás do prejuízo”. O certo não seria correr atrás do lucro?

Outro dia me vi envolvida em uma situação de injustiça. Como infelizmente é comum, nenhum dos envolvidos sentia-se errado, pois cada um tinha a “sua verdade”. Somadas elas não resultavam em uma verdade, e sim no desejo de acreditar ou não em alguma versão. As provas, teoricamente existentes, ficaram ocultas. Eram interpretativas e, extraídas isoladamente de um contexto, poderiam gerar diferentes interpretações. A análise, sob a batuta de um deslumbrado desinformado, levou-o à decisão partidária que desejava e/ou precisava acreditar. Não era a verdade dele, mas a que ele acreditava ser, em virtude de política corporativa onde um escudeiro fez campanha em causa própria. Afinal, um ato apocalíptico manda recado a muita gente. Penso que em situações como essa a verdade única está diretamente relacionada com os travesseiros dos envolvidos. Bem, pela minha verdade, continuo dormindo bem. Para a tribo dos mãos atadas o tempo é sábio. As pessoas normalmente repetem os próprios erros, o que faz com que a verdade fique translúcida ao longo da história.

A filosofia discute muito e deliciosamente este conceito. O que é real conforme cada valor? Se somarmos a esta discussão cada cultura corporativa e interesses, as verdades se multiplicam ainda mais envolvendo o imaginário, crenças, ficção, etc. A razão neste contexto é uma interpretação, ou várias... Tudo é uma questão de escolha.

Fato é que, verdade lá e verdade cá, se existem várias verdades para um episódio, a verdade verdadeira não existe. Existem pontos de vista, como disse Nietzsche, e defesas de interesses.

Boa reflexão para época de eleição. Principalmente para organizações que financiam candidatos. Para cada uma delas pergunto: qual é a sua verdade?


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