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COLUNAS


Denise Monteiro
denisemonteiro4@hotmail.com

Gestora de negócios na área de Comunicação Empresarial, ministra palestras, cursos e treinamentos na área de comunicação. Atuou em organizações como Grupo Ogilvy, Rede Globo de Televisão, Unilever e Tetra Pak. Foi diretora da D+D Eventos. Foi coordenadora de pós graduação na FAAP; e professora na graduação, pós-graduação e MBA na FAAP e Anhembi Morumbi.
Graduada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Pós-graduada em: Comunicação Empresarial e Gestão de Serviços pela ESPM e no Máster em Tecnologia Educacional pela FAAP. Mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing.

Arma de Brinquedo

              Publicado em 06/02/2015

Palavras e expressões possuem suas definições no dicionário para padronização do entendimento e utilização. Incontáveis gírias nascem e se multiplicam nas regiões do Brasil. Os sentidos das palavras também se multiplicam para o bem e para o mal.

Ultimamente ando irritada com a expressão “arma de brinquedo”. Brinquedo pode ser arma? Arma pode ser brinquedo? Bandidos praticam crimes com “armas de brinquedo” e revelam em seus depoimentos a utilização do objeto como atenuante, para comprovar a não intenção de matar. A imprensa, pela necessidade de relatar o fato, repete a expressão. O problema é que palavra brinquedo associa a imagem de brincadeira, situação bem distante da realidade.

O mais provável é que o criminoso usa a “arma falsa”, penso ser esta a expressão menos influente, por não ter acesso ou recursos para obter uma verdadeira. Assume o risco na intenção clara de enganar suas vítimas. Quando algo dá errado para o bandido, busca amenizar os fatos por usar “arma de brinquedo”. Era brincadeira?

As vítimas que nada sabem tomam o mesmo susto. Não percebem a “brincadeira”. Sujeitas aos mesmos traumas de arma verdadeira ou falsa. Podem enfartar, abortar e sofrer tantas outras consequências. Independente da forma confusa de como a justiça lida com tais casos, a opinião pública não pode ser ingenuamente influenciada. Acredito que a mídia poderia utilizar/encontrar uma expressão mais isenta.

Nós, profissionais de Comunicação Empresarial, somos mestres em encontrarmos expressões suaves, diretas ou promocionais, conforme o surgimento das necessidades. Temos a visão clara do poder de utilização e aplicação das palavras. Temos, também, a responsabilidade e o compromisso com a verdade. Induzir é fácil, mas sustentar é muito difícil e certamente mais caro. A área de Recursos Humanos, por exemplo, tem usado muito a expressão “Gestão de Talentos”, que evoca um conceito mais contemporâneo de novas atitudes. Mas se usar o novo nome agindo ainda como “Departamento Pessoal”, transmite a imagem enganosa e letal.

Se a justiça faz confusão com as expressões é obrigação da comunicação esclarecer.


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