Busca avançada                              |                                                        |                            linguagem PT EN                      |     cadastre-se  

Itaú

HOME >> ACERVO ON-LINE >> COLUNAS >> COLUNISTAS >> Luiz Antônio Gaulia
COLUNAS


Luiz Antônio Gaulia
luiz.gaulia@estacio.br

Jornalista. Mestre em Comunicação Social pela PUC - Rio. Especialista em Comunicação Empresarial pela Syracuse University - ABERJE. Pós-graduado em Marketing e em Comunicação Jornalística. Ex-Gerente de Comunicação da CSN - Cia. Siderúrgica Nacional e da Alunorte. Atuou também no O Boticário e no Grupo Votorantim. Atualmente é Gerente de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Estácio Participações.

O que o BBB pode ensinar sobre a "rádio corredor"?

              Publicado em 03/03/2010

Confesso. Vejo o Big Brother Brasil 10 para desespero dos intelectuais de plantão e dos críticos da mediocridade na TV. Análises sociológicas à parte, deixem-me explicar.

Sentia-me culpado e precisava escrever sobre isso. Confessar minha audiência. Daí, de repente, caiu a ficha: o BBB é a cara de muitas organizações. Aliás, é a voz dos corredores. Com suas fofocas, bastidores, maledicências sobre “o líder” e sobre colegas de trabalho de outras áreas. Picuinhas e egotrips. Tudo por um prêmio final inacessível ou mesmo fugaz para a maioria: reconhecimento, fama e dinheiro, claro!

Neste show de entretenimento, milhões de votantes dos paredões "demitem" quem não está em sintonia com o grupo ou com o cliente (neste caso, os próprios telespectadores com poder de voto e de audiência). Milhões de telespectadores acompanham os candidatos ao prêmio e se identificam com seus estereótipos e os discursos dos engaiolados - que buscam sua PLR: um milhão e meio de reais.

E neste circo sensacionalista que engaiola gente durante alguns meses e faz do voyeurismo o prazer de fim de noite, todos perdem. O ambiente na casa consagra a desconfiança. Consagra o conflito, o baile de máscaras e a mentira. Tudo o que uma empresa não precisa. Mas, empresas são feitas de gente e gente faz fofoca. Igualzinho no BBB.

Portanto, sem tentar uma análise sociológica profunda (não tenho pretensão nenhuma nisso), finalizo com mais perguntas. Quando um colega seu é demitido e você fica assistindo, não passa a sensação de que o próximo “paredão” pode ser com você? Sentimento e dúvida relativa ao “quando chegará a minha vez?”.

Qual a solução nesse caso? Porque para o BBB basta desligar a TV ou mudar de canal. Mas na vida corporativa as coisas não são tão simples.

Pois então, o BBB, além de um ótimo negócio para a Rede Globo em merchandising, “celebrizando” pessoas comuns como eu e você, leitor (a), não tem também certa validade para a análise do comportamento humano nas organizações?
 


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2154

O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996

Sobre a Aberje   |   Cursos   |   Eventos   |   Comitês   |   Prêmio   |   Associe-se    |   Diretoria   |    Fale conosco

Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090